terça-feira, dezembro 13, 2005

bundas e duendes

Hoje vi uma bunda sem rosto. Vi uma borboleta azul. Linda. Hoje vi a nova espécie de malandro, o malandro carioca burguês. É aquele playboyzinho que acha que é esperto mas no fundo é um cuzão que se esconde por detrás dos "seus direitos" legais, dos seus amiguinhos playboys, do seu carrinho com vidro fumê. Hoje percebi que a vida é feita de escolhas, tão conscientes quanto poderiam ser, mas que usamos uma palavrinha ridícula e nojenta chamada "inconsciente" para fingirmos que a culpa pelo nosso fracasso, nosso caráter podre, nossa vidinha miserável não é nossa, ou pelo menos, somente nossa. Então culpamos o inconsciente, o Deus dos psicanalistas safados! Escolhemos dar sentido para nossas vidas ou não, escolhemos ser felizes ou não, escolhemos ser gordos ou magros, santos ou safados, homens ou viados, psicanalistas ou filósofos, músicos ou fotógrafos, carecas ou viciados. A verdade é dura como diamante, não é feita para os froxos, acadêmicos covardes, cientistas cínicos, artistas viadinhos e o povão "humilde". A imagem de Jesus nos contempla como a mostrar toda a nossa mediocridade espiritual, esperando que tenhamos coragem para seguir seus passos (será que estou virando cristão?), mas que permanece imóvel, tranquila e calma em seu lugar, pois sabe que, no fim, todos estarão com ele e com o pai. No final haverá a crucificação, quer você queira agora quer não. Sempre há escolha. A eternidade está aí, "esperando eternamente" para que você escolha mudar de idéia. Sem pressa alguma. Já estamos salvos. Sempre estivemos. Está tudo consumado. A eternidade é agora, mas para que exista a historinha da misericórdia, da glória e do perdão é necessário a ilusão do tempo.
Hoje vi também a miséria, estampada no rosto que acabei de criar na minha mente. E tudo isso aconteceu hoje, dia 13 de dezembro do ano de 2005 de nossa era, na eternidade do instante do presente sem duração temporal. O resto você sabe, é blablabla!

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