A obra está em andamento. Os buracos na parede revelam o que não existe. Sujeira, fios, pregos, concreto. Dinheiro.
Tudo isso para mudar o espaço aparente em que vivemos.
O pintor trabalha sem pensar no que poderia estar fazendo se tudo fosse completamente diferente do que realmente é. Sábio senhor, que permanece compenetrado em seu trabalho e não sonha com uma vida diferente. Aceita seu quinhão e segue em frente. Na infância fumou cigarros com seu pai, que era caminhoneiro. Observo seu rosto e imagino tudo com detalhes. Moleque magrelo, sentado na mesa de um bar no meio da estrada, tomando uma coca-cola e vendo seu pai fumar e ser o seu pai. A vida naquela época parecia diferente, cheia de mistérios e cousas que ele não entendia. "Moleque sonha demais", pensa agora. Hoje é diferente. Hoje ele precisa trabalhar e cuidar da família, sustentar mulher e filha, que já está na fase de namorar. Mas seu Paulo acha que ainda é cedo, agora ela precisa estudar e construir seu futuro, bem diferente do seu. Seu Paulo gosta de seu trabalho e se orgulha de tudo o que faz. Capricha em tudo e quer deixar tudo perfeito. Seu Paulo sabe que a vida não é fácil e vive sua vida sem reclamar. Seu Paulo me olha com respeito. Seu Paulo é gente boa. Seu Paulo é um brasileiro. Assim como eu. Mas seu Paulo é mais brasileiro do que eu.
sábado, dezembro 09, 2006
quinta-feira, novembro 23, 2006
que saco esse blog
naquela rua o dudu virou a direita e eu a esquerda.
ele foi e foi e agora está pensando no nirvana deitado em seu comodo divã fumando um charuto de havana.
eu sei lá pra onde fui... acho que dei uma volta e voltei ao mesmo lugar...
bah! tah um saco esse blog...
vou dar uma animada nisso aqui...
viva a subcultura genial carioca!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=zE1hwxzcNyY
eu entendo hitler quando vejo esse:
http://www.youtube.com/watch?v=3QDQGYVqL2Y
eu choro quando vejo esse:
http://www.youtube.com/watch?v=MUjpNdOBImc
eu me lembro de mim vendo esse:
http://www.youtube.com/watch?v=DVRjGkEScOg
ele foi e foi e agora está pensando no nirvana deitado em seu comodo divã fumando um charuto de havana.
eu sei lá pra onde fui... acho que dei uma volta e voltei ao mesmo lugar...
bah! tah um saco esse blog...
vou dar uma animada nisso aqui...
viva a subcultura genial carioca!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=zE1hwxzcNyY
eu entendo hitler quando vejo esse:
http://www.youtube.com/watch?v=3QDQGYVqL2Y
eu choro quando vejo esse:
http://www.youtube.com/watch?v=MUjpNdOBImc
eu me lembro de mim vendo esse:
http://www.youtube.com/watch?v=DVRjGkEScOg
quarta-feira, novembro 08, 2006
NIRVANA
Debaixo do cobertor e completamente ensopado de suor, o homem subitamente acorda.
Agora sentado, o homem ainda sente a mão da velha sinistra latejando bem no meio de suas costas. Subitamente se dá conta (e ao fazer isso, se assusta) que o breu onde se encontra é absoluto. Com medo, ele procura um interruptor, alguma luz, qualquer luz que torne o mundo real novamente. O medo aumenta gradativamente na medida em que todas as suas tentativas falham. O breu é absoluto e agora não há qualquer indício de luz alguma. O homem agora não se encontra em lugar algum. Seus pensamentos aceleram, sua mente começa a delirar e a procurar contextos, situações ou espaços familiares. Neste instante o homem percebe o seu próprio desespero, e ao fazer isso, se desespera mais ainda. Sua mente agora roda em uma velocidade incontrolável à procura de algo minimamente familiar. Ele agora não controla mais os seus pensamentos. Neste instante o homem é bruscamente tragado pelas fendas da mente e obrigado a se deparar com o muro de pedra que aprisiona a si próprio. O instante em que percebe não ser mais o verdadeiro dono de sua própria mente é absolutamente aterrador.
De repente, sua mente pára.
O tempo não existe mais. A eternidade é tudo e tudo está divinamente iluminado. O Ser compreende sua verdadeira natureza. Ele se arrasta para fora do casulo, bate as asas e voa pelo infinito jardim de grama verde e flores coloridas. A borboleta dança ao redor das árvores imensas e pedras eternas e reconhece o verdadeiro sentido de tudo o que é realidade.
Agora sentado, o homem ainda sente a mão da velha sinistra latejando bem no meio de suas costas. Subitamente se dá conta (e ao fazer isso, se assusta) que o breu onde se encontra é absoluto. Com medo, ele procura um interruptor, alguma luz, qualquer luz que torne o mundo real novamente. O medo aumenta gradativamente na medida em que todas as suas tentativas falham. O breu é absoluto e agora não há qualquer indício de luz alguma. O homem agora não se encontra em lugar algum. Seus pensamentos aceleram, sua mente começa a delirar e a procurar contextos, situações ou espaços familiares. Neste instante o homem percebe o seu próprio desespero, e ao fazer isso, se desespera mais ainda. Sua mente agora roda em uma velocidade incontrolável à procura de algo minimamente familiar. Ele agora não controla mais os seus pensamentos. Neste instante o homem é bruscamente tragado pelas fendas da mente e obrigado a se deparar com o muro de pedra que aprisiona a si próprio. O instante em que percebe não ser mais o verdadeiro dono de sua própria mente é absolutamente aterrador.
De repente, sua mente pára.
O tempo não existe mais. A eternidade é tudo e tudo está divinamente iluminado. O Ser compreende sua verdadeira natureza. Ele se arrasta para fora do casulo, bate as asas e voa pelo infinito jardim de grama verde e flores coloridas. A borboleta dança ao redor das árvores imensas e pedras eternas e reconhece o verdadeiro sentido de tudo o que é realidade.
segunda-feira, outubro 23, 2006
Só não vê quem não quer
Há dezesseis anos o sr. Luís Inácio Lula da Silva, junto com outros líderes esquerdistas, se reúne regularmente com os representantes de entidades criminosas como as Farc, fornecedoras de cocaína ao mercado nacional, e o MIR chileno, seqüestrador de brasileiros.
O órgão que promove esses encontros chama-se Foro de São Paulo. Foi Lula quem o fundou e presidiu até 2002, mas mesmo depois de assumir a presidência da República continuou participando dos encontros.
Recentemente ele declarou, entre os participantes do Foro, que essas reuniões eram propositadamente camufladas, para que ninguém soubesse o teor do que ali se falava. Mas admitiu também que as conversações foram decisivas para ajudar Hugo Chávez a sair vencedor no referendo de 2004.
Outro resultado foi uma resolução coletiva, emitida poucos meses antes da eleição de 2002, que tomava partido das Farc no confronto com o governo colombiano, acusando este último de “terrorismo de Estado”. A resolução foi assinada por Lula depois de o traficante Fernadinho Beira-Mar ter confessado que comprava cocaína das Farc para distribuí-la no Brasil, destruindo as vidas de milhões de nossos compatriotas, inclusive crianças. Ao mesmo tempo, o Exército notificava freqüentes tiroteios com as Farc na selva amazônica, e as polícias estaduais informavam que agentes dessa organização narcotraficante estavam dando treinamento de guerrilha urbana a bandidos do Comando Vermelho e do PCC.
Com que autoridade um presidente da República se reúne em segredo com criminosos notórios para ajudar um político estrangeiro seu amigo, intervindo nos assuntos de uma nação vizinha sem dar ciência disto ao Congresso ou à opinião pública? Com que autoridade ele nos torna a todos “solidários” com agressores do país, com seqüestradores de brasileiros e com assassinos das nossas crianças?
As Farc e o MIR são inimigos do Brasil. Lula é amigo deles. Ele tem sabido proteger esse segredo tenebroso, graças à ajuda de seus colaboradores infiltrados na mídia.
Simplesmente não é possível admitir que esse conspirador sinistro se apresente candidato às eleições presidenciais antes de prestar esclarecimentos cabais sobre esse aspecto encoberto e clandestino das suas atividades.
As autoridades judiciais devem intimar Lula a entregar imediatamente toda a documentação das reuniões do Foro de São Paulo e a explicar as estarrecedoras declarações que fez no discurso que proferiu no décimo-quinto aniversário dessa entidade em 2 de julho de 2005, no qual confessa ter ludibriado o Congresso e o povo para ajudar Hugo Chávez por baixo do pano.
Olavo de Carvalho
--------------------------------------------------------------------------------
Documentos e provas:
Atas das reuniões e resoluções do Foro de São Paulo: http://www.midiasemmascara.com.br/links.php?language=pt (durante algum tempo tempo este material constou do site do próprio Foro, mas foi retirado logo que comecei a citá-lo nos meus artigos).
Discurso de Luís Inácio Lula da Silva no décimo-quinto aniversário do Foro de São Paulo: http://www.info.planalto.gov .br/download/discursos/pr812a .doc.
Análise desse documento: http://www.olavodecarvalho.org/semana/050926dc.htm.
Evasivas do assessor do PT, Giancarlo Summa: http://www.olavodecarvalho.org/semana/10192002globo.htm.
Nova nota oficial do PT sobre o Foro de São Paulo e comentários meus: http://www.olavodecarvalho.org/semana/061016dc.html.
Outros materiais de interesse sobre o assunto: http://www.olavodecarvalho.org/semana/040207globo.htm, http://www.midiasemmascara.com.br/editoria.php?id=8.
O órgão que promove esses encontros chama-se Foro de São Paulo. Foi Lula quem o fundou e presidiu até 2002, mas mesmo depois de assumir a presidência da República continuou participando dos encontros.
Recentemente ele declarou, entre os participantes do Foro, que essas reuniões eram propositadamente camufladas, para que ninguém soubesse o teor do que ali se falava. Mas admitiu também que as conversações foram decisivas para ajudar Hugo Chávez a sair vencedor no referendo de 2004.
Outro resultado foi uma resolução coletiva, emitida poucos meses antes da eleição de 2002, que tomava partido das Farc no confronto com o governo colombiano, acusando este último de “terrorismo de Estado”. A resolução foi assinada por Lula depois de o traficante Fernadinho Beira-Mar ter confessado que comprava cocaína das Farc para distribuí-la no Brasil, destruindo as vidas de milhões de nossos compatriotas, inclusive crianças. Ao mesmo tempo, o Exército notificava freqüentes tiroteios com as Farc na selva amazônica, e as polícias estaduais informavam que agentes dessa organização narcotraficante estavam dando treinamento de guerrilha urbana a bandidos do Comando Vermelho e do PCC.
Com que autoridade um presidente da República se reúne em segredo com criminosos notórios para ajudar um político estrangeiro seu amigo, intervindo nos assuntos de uma nação vizinha sem dar ciência disto ao Congresso ou à opinião pública? Com que autoridade ele nos torna a todos “solidários” com agressores do país, com seqüestradores de brasileiros e com assassinos das nossas crianças?
As Farc e o MIR são inimigos do Brasil. Lula é amigo deles. Ele tem sabido proteger esse segredo tenebroso, graças à ajuda de seus colaboradores infiltrados na mídia.
Simplesmente não é possível admitir que esse conspirador sinistro se apresente candidato às eleições presidenciais antes de prestar esclarecimentos cabais sobre esse aspecto encoberto e clandestino das suas atividades.
As autoridades judiciais devem intimar Lula a entregar imediatamente toda a documentação das reuniões do Foro de São Paulo e a explicar as estarrecedoras declarações que fez no discurso que proferiu no décimo-quinto aniversário dessa entidade em 2 de julho de 2005, no qual confessa ter ludibriado o Congresso e o povo para ajudar Hugo Chávez por baixo do pano.
Olavo de Carvalho
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Documentos e provas:
Atas das reuniões e resoluções do Foro de São Paulo: http://www.midiasemmascara.com.br/links.php?language=pt (durante algum tempo tempo este material constou do site do próprio Foro, mas foi retirado logo que comecei a citá-lo nos meus artigos).
Discurso de Luís Inácio Lula da Silva no décimo-quinto aniversário do Foro de São Paulo: http://www.info.planalto.gov .br/download/discursos/pr812a .doc.
Análise desse documento: http://www.olavodecarvalho.org/semana/050926dc.htm.
Evasivas do assessor do PT, Giancarlo Summa: http://www.olavodecarvalho.org/semana/10192002globo.htm.
Nova nota oficial do PT sobre o Foro de São Paulo e comentários meus: http://www.olavodecarvalho.org/semana/061016dc.html.
Outros materiais de interesse sobre o assunto: http://www.olavodecarvalho.org/semana/040207globo.htm, http://www.midiasemmascara.com.br/editoria.php?id=8.
terça-feira, outubro 17, 2006
segunda-feira, setembro 25, 2006
Nascimento da Tragédia
Lembra-se de quando éramos crianças e não sabíamos fingir? Lembra-se de quando ainda éramos vulneráveis e não conseguíamos dissimular sentimentos? Naquela época não achávamos muita coisa, e naquela época sentíamos demais e tudo já era pesado demais. Tudo já era pesado demais!
Ainda somos as mesmas crianças sensíveis que sentiam demais o peso de tudo ao redor, mas agora sabemos fingir. Tínhamos medo de ficar sozinhos, mas agora podemos nos enganar.
Tínhamos fome de afeto mas agora podemos nos drogar.
Oh! Como é trágico tudo isso! O despertar da consciência e o nascimento de papéis sociais! Oh! Quão terrível pode ser uma criança quando começa a entender que existe medo e existe tristeza e existe a falta de amor...
Oxalá tudo isso seja apenas um dia de chuva e o tempo de sofrer tenha finalmente terminado.
Ainda somos as mesmas crianças sensíveis que sentiam demais o peso de tudo ao redor, mas agora sabemos fingir. Tínhamos medo de ficar sozinhos, mas agora podemos nos enganar.
Tínhamos fome de afeto mas agora podemos nos drogar.
Oh! Como é trágico tudo isso! O despertar da consciência e o nascimento de papéis sociais! Oh! Quão terrível pode ser uma criança quando começa a entender que existe medo e existe tristeza e existe a falta de amor...
Oxalá tudo isso seja apenas um dia de chuva e o tempo de sofrer tenha finalmente terminado.
segunda-feira, setembro 18, 2006
Um pouco de Minas
Escondido no fundo de alguma mina de ouro, protegido atrás das montanhas, realmente um ótimo lugar para se ocultar, querido amigo. Porém, o destino às vezes nos reserva surpresas e os desígnios divinos às vezes são incompreensíveis. Já é tempo de aceitar o chamado para a tua aventura. Espero que meus esforços possam fazer um pouco do papel de arauto, como nas histórias dos verdadeiros heróis, das lendas e fábulas de fantasia, uma espécie de ajuda, um empurrão, às vezes é tudo o que precisamos. Algo será despertado. Algo vai acontecer.
Um poeta escondido por detrás das montanhas, mais valioso do que ouro preto mas imperceptível debaixo de toneladas de livros, escavemos um pouco até que consigamos retirar um pouquinho de pedras preciosas do fundo da alma deste rapaz, um pouco de Minas Gerais, a crise está nítida, a poesia está viva...Um pouco de Helmo Amaral (Horrível essa introdução, me perdoe Helmo).
Um pouco de mim
Sou todo sonho
Limitado pela realidade
Com pinceladas de desejos como pano de fundo
Um sonhador cujo peso da alma
Não permite voar tão alto
E quando pensa que vai atingir o sol
Esquece que tem asas de cera
Estou sujeito ao olhar injusto
Sou sujeito com predicados a se formar
Aflito para fugir do conflito
Pois a palavra que me trouxe alívio
Noutro dia me feriu
O abraço que foi intenso
Noutro dia não hesitou
A erguer o braço para sumir com o vento
Sou o melhor amigo de mim
E o inimigo pior que espia meus atos
E oculta verdades.
Estou sempre a aguardar
Algo melhor que estar por vir
Porque minha incompletude suspira...
É como se as respostas estivessem pra chegar
E vou encontrá-las na caixa do correio
Ou no próximo amanhecer...
ESCRITO POR HELMO AMARAL
Um poeta escondido por detrás das montanhas, mais valioso do que ouro preto mas imperceptível debaixo de toneladas de livros, escavemos um pouco até que consigamos retirar um pouquinho de pedras preciosas do fundo da alma deste rapaz, um pouco de Minas Gerais, a crise está nítida, a poesia está viva...Um pouco de Helmo Amaral (Horrível essa introdução, me perdoe Helmo).
Um pouco de mim
Sou todo sonho
Limitado pela realidade
Com pinceladas de desejos como pano de fundo
Um sonhador cujo peso da alma
Não permite voar tão alto
E quando pensa que vai atingir o sol
Esquece que tem asas de cera
Estou sujeito ao olhar injusto
Sou sujeito com predicados a se formar
Aflito para fugir do conflito
Pois a palavra que me trouxe alívio
Noutro dia me feriu
O abraço que foi intenso
Noutro dia não hesitou
A erguer o braço para sumir com o vento
Sou o melhor amigo de mim
E o inimigo pior que espia meus atos
E oculta verdades.
Estou sempre a aguardar
Algo melhor que estar por vir
Porque minha incompletude suspira...
É como se as respostas estivessem pra chegar
E vou encontrá-las na caixa do correio
Ou no próximo amanhecer...
ESCRITO POR HELMO AMARAL
quarta-feira, setembro 13, 2006
HELMO EU TE AMO!!!!
Fantástico existirem vocês todos!
Que bom que existem pessoas que leêm nossas asneiras... que bom que existe o helmo de minas, a andréa da empresa que eu trabalhava e que colocou um dos textos do kurosawa na geladeira dela e que quando menos espero mesmo depois de ficar 1 mes sem escrever aparece um comentario dela pelo blog mostrando que ela entra!!!!!!!! que fantástico!!!!!! as pessoas leêm!!!!! A Alina minha amiga sagitarius também da empresa que eu trabalhava que sempre quando lê acha que tá se vendo nos nossos textos, ao kurosawa esse meu amigo que tanto gosto que rola umas sintonias cósmicas sinistras... que bom que temos esse blog!!! que bom que podemos colocar aqui o que quer que seje.... nossas tristezas, nossos incomformismos, nossa revolta das nossas mães terem nos tirado daquele lugar quentinho aquático e perfeito e ter nos posto no mundo sem ao menos um manual!!!!!!!!! QUERO UMA MANUAL DE COMO VIVER MAMÃE!!!!!!! Aprenda em 24 horas como viver feliz no planeta terra.... seria um bestseller!!!!
bem, que bom que existem as crises e que bom que o mundo não é perfeito! se não o que seria de nós? o que faríamos se tudo fosse perfeito e minha família fosse maravilhosa e não houvesse riqueza e nem pobreza e se ninguém desmatasse nenhuma mata e nenhum rio fosse poluido e todos os passarinhos e os coelinhos vivessem felizes para sempre????
que saco seria!!!!!!!!!!!!!
VIVA A CRISE NEO UNDER TAO!!!!!!!
Que bom que existem pessoas que leêm nossas asneiras... que bom que existe o helmo de minas, a andréa da empresa que eu trabalhava e que colocou um dos textos do kurosawa na geladeira dela e que quando menos espero mesmo depois de ficar 1 mes sem escrever aparece um comentario dela pelo blog mostrando que ela entra!!!!!!!! que fantástico!!!!!! as pessoas leêm!!!!! A Alina minha amiga sagitarius também da empresa que eu trabalhava que sempre quando lê acha que tá se vendo nos nossos textos, ao kurosawa esse meu amigo que tanto gosto que rola umas sintonias cósmicas sinistras... que bom que temos esse blog!!! que bom que podemos colocar aqui o que quer que seje.... nossas tristezas, nossos incomformismos, nossa revolta das nossas mães terem nos tirado daquele lugar quentinho aquático e perfeito e ter nos posto no mundo sem ao menos um manual!!!!!!!!! QUERO UMA MANUAL DE COMO VIVER MAMÃE!!!!!!! Aprenda em 24 horas como viver feliz no planeta terra.... seria um bestseller!!!!
bem, que bom que existem as crises e que bom que o mundo não é perfeito! se não o que seria de nós? o que faríamos se tudo fosse perfeito e minha família fosse maravilhosa e não houvesse riqueza e nem pobreza e se ninguém desmatasse nenhuma mata e nenhum rio fosse poluido e todos os passarinhos e os coelinhos vivessem felizes para sempre????
que saco seria!!!!!!!!!!!!!
VIVA A CRISE NEO UNDER TAO!!!!!!!
O Capacete do Kamikase
"Quando tentamos explicar para as pessoas o que as coisas significam, elas passam a significar coisa nenhuma"
(...)(stanley kubrick?)(...)
(...)(stanley kubrick?)(...)
terça-feira, setembro 12, 2006
Lula Viado
A garota está por baixo e você acaba bancando o machão mas eu não sei o que isso significa... E mesmo assim você bota pra quebrar, bota o pau na mesa e agora finalmente! vai descobrir se ela tem ou não tem aquele velho facão escondido no fundo da vagina...
AAAAAAAARGHHH!
Ela não tem! Ufa! O sangue não é meu. Que bom! E lá vai você de novo tentar resolver seus enigmas do alto de sua torre de marfim, olhando para a sua velha bola de cristal e imaginando e sonhando e desejando e implorando para Jesus Cristo Nosso Senhor que nada disso seja verdadeiramente...Real...É só um sonho, eu sei...É sim...Eu sei...
O véu de maya... Quantos Budas gordinhos cabem dentro do seu fusquinha? Responda esta pergunta e atingirá imediatamente a iluminação!
Onde está a Vida? Fala seu Buda gordo e safado! Fala logo tudo o que tu sabe senão eu vo te enfiar o cacete! Seu...Seu...Seu Gordo!
AAAAAAAARGHHH!
Ela não tem! Ufa! O sangue não é meu. Que bom! E lá vai você de novo tentar resolver seus enigmas do alto de sua torre de marfim, olhando para a sua velha bola de cristal e imaginando e sonhando e desejando e implorando para Jesus Cristo Nosso Senhor que nada disso seja verdadeiramente...Real...É só um sonho, eu sei...É sim...Eu sei...
O véu de maya... Quantos Budas gordinhos cabem dentro do seu fusquinha? Responda esta pergunta e atingirá imediatamente a iluminação!
Onde está a Vida? Fala seu Buda gordo e safado! Fala logo tudo o que tu sabe senão eu vo te enfiar o cacete! Seu...Seu...Seu Gordo!
sexta-feira, setembro 08, 2006
Profecia
Escutem com atenção o que eu, senhor do vazio, irei profetizar, agora:
"Novas estrelas surgem a cada dia e a vida jamais perecerá. Nenhuma bomba atômica irá destruir o que é eterno. Nenhum efeito, seja ele estufa ou Petista irá condenar o destino da criação. Há metafísica bastante em um pedaço de bife acebolado.
Tu, homem de pouca fé, não vê o que está diante de teus olhos. Tu, homem de pouca fé, não consegue mover as montanhas, pois ainda crê nas probabilidades. Mas nada do que tua cabeça de melão conseguiu pensar ou sonhar até hoje tem sequer alguma coisa a ver com os desígnios divinos.
A vida permanecerá, eu vos digo. Mesmo que este planeta seja destruído por homens de corações cinzentos. A vida permanecerá. Dê ao mundo e aos homens o tempo que quiseres. "Quinhentos anos!" diz o infiel. A vida permanecerá, eu vos digo.
Tudo o que imaginas que tenha algum sentido, valor ou "razão" não faz a menor diferença. Podes enfiar no rabo seus parâmetros e pontos de referência. Nada disso é Real.
Homens de pouca fé, eu vos digo, livrem-se de teus "conhecimentos", pois é só a partir dos furos de sua própria estrutura racional é que a vida consegue fluir e emanar por todo o seu coração".
"Novas estrelas surgem a cada dia e a vida jamais perecerá. Nenhuma bomba atômica irá destruir o que é eterno. Nenhum efeito, seja ele estufa ou Petista irá condenar o destino da criação. Há metafísica bastante em um pedaço de bife acebolado.
Tu, homem de pouca fé, não vê o que está diante de teus olhos. Tu, homem de pouca fé, não consegue mover as montanhas, pois ainda crê nas probabilidades. Mas nada do que tua cabeça de melão conseguiu pensar ou sonhar até hoje tem sequer alguma coisa a ver com os desígnios divinos.
A vida permanecerá, eu vos digo. Mesmo que este planeta seja destruído por homens de corações cinzentos. A vida permanecerá. Dê ao mundo e aos homens o tempo que quiseres. "Quinhentos anos!" diz o infiel. A vida permanecerá, eu vos digo.
Tudo o que imaginas que tenha algum sentido, valor ou "razão" não faz a menor diferença. Podes enfiar no rabo seus parâmetros e pontos de referência. Nada disso é Real.
Homens de pouca fé, eu vos digo, livrem-se de teus "conhecimentos", pois é só a partir dos furos de sua própria estrutura racional é que a vida consegue fluir e emanar por todo o seu coração".
sexta-feira, agosto 18, 2006
Votem no Chuchu
Segue uma boa sugestão do Sr. Olavo de Carvalho:
Olavo de Carvalho
Zero Hora, 6 de agosto de 2006
Não poderei votar nas próximas eleições. A Embaixada encerrou em maio o cadastro de brasileiros residentes nos EUA, e eu fiquei de fora. Mas isso me deixa ainda mais livre para aconselhar a meus concidadãos: Votem no Chuchu. Ele não é assassino, não é ladrão, não é narcotraficante nem parceiro de narcotraficantes, não é mentiroso, não é comunista nem pró-comunista, não é terrorista na ativa nem aposentado. Há pouquíssimos petistas dos quais se possa dizer tudo isso ao mesmo tempo, e Lula não é um deles.
O candidato anti-Chuchu é parceiro político das Farc, colaborador da subversão comunista e mentiroso pego em flagrante inúmeras vezes, a começar por aquele documentário no qual, entre amigos, ele confessou que falsificava as estatísticas de pobreza para enganar os eleitores. Mais tarde, também num círculo discreto, admitiu que governava o Brasil em parceria secreta com estrangeiros e que ajudou Hugo Chávez, por baixo do pano, no referendo venezuelano de 2003. Só essas declarações já bastam para provar, acima de qualquer possibilidade de dúvida, que é um tipo amoral, maquiavelista cínico, indigno de confiança.
Que, com essa conduta, ele ainda se dissesse apto a comungar sem confessar por ser isento de pecados, mostra que ele não tem a menor idéia da sua condição moral: é um caso de inocência perversa nitidamente sociopática.
Segundo seu ex-assessor Ricardo Kotscho, é também tão ladrão e mensaleiro quanto os outros.
Se recebeu ou não cinco milhões de dólares das Farc, é coisa que se discute; mas é certo que seu governo concedeu ilegalmente asilo político ao autodeclarado portador do dinheiro, o que só pode ser compreendido como retribuição de favor ou como generosidade arbitrária praticada em prejuízo das leis.
Qualquer que seja o caso, é indiscutível que ele fundou e presidiu o Foro de São Paulo, oficializando a promiscuidade entre partidos legais e organizações criminosas.
Se contra ele se apresentasse candidato um frentista de posto de gasolina, inexperiente, analfabeto e mongolóide, mas honesto e sincero, já seria mil vezes mais digno do nosso voto do que ele. Pois bem, Geraldo Alckmin-Chuchu não é mongolóide, nem analfabeto, nem inexperiente. Não sei se algum dia foi frentista de posto. Mas sei que só não voto nele porque a Embaixada não me deixa.
Votar nele, no entanto, não basta. Se vitorioso, ele não terá militância para apoiá-lo nas ruas contra as organizações multimilionárias que detêm o monopólio das manifestações públicas. Não terá dinheiro para pagar oitocentas consciências de jornalistas como a CUT pagou. Não terá um MST para sair botando fogo em plantações cada vez que ele for contrariado. Não terá uma rede internacional de ONGs para beatificá-lo. E vai governar com uma máquina administrativa dominada por petistas ansiosos para destruí-lo, talvez com a cama-de-gato da nova constituinte armada para eternizar no poder o petismo sem Lula. Para enfrentar tudo isso sem fraquejar, ele precisará do apoio contínuo de seus eleitores e, é claro, de uma coragem incomum. Ser presidente do Brasil depois de Lula significará ter de escolher entre a acomodação ridícula e a luta heróica. Votem no Chuchu – e obriguem-no a escolher a coisa certa.
Olavo de Carvalho
Zero Hora, 6 de agosto de 2006
Não poderei votar nas próximas eleições. A Embaixada encerrou em maio o cadastro de brasileiros residentes nos EUA, e eu fiquei de fora. Mas isso me deixa ainda mais livre para aconselhar a meus concidadãos: Votem no Chuchu. Ele não é assassino, não é ladrão, não é narcotraficante nem parceiro de narcotraficantes, não é mentiroso, não é comunista nem pró-comunista, não é terrorista na ativa nem aposentado. Há pouquíssimos petistas dos quais se possa dizer tudo isso ao mesmo tempo, e Lula não é um deles.
O candidato anti-Chuchu é parceiro político das Farc, colaborador da subversão comunista e mentiroso pego em flagrante inúmeras vezes, a começar por aquele documentário no qual, entre amigos, ele confessou que falsificava as estatísticas de pobreza para enganar os eleitores. Mais tarde, também num círculo discreto, admitiu que governava o Brasil em parceria secreta com estrangeiros e que ajudou Hugo Chávez, por baixo do pano, no referendo venezuelano de 2003. Só essas declarações já bastam para provar, acima de qualquer possibilidade de dúvida, que é um tipo amoral, maquiavelista cínico, indigno de confiança.
Que, com essa conduta, ele ainda se dissesse apto a comungar sem confessar por ser isento de pecados, mostra que ele não tem a menor idéia da sua condição moral: é um caso de inocência perversa nitidamente sociopática.
Segundo seu ex-assessor Ricardo Kotscho, é também tão ladrão e mensaleiro quanto os outros.
Se recebeu ou não cinco milhões de dólares das Farc, é coisa que se discute; mas é certo que seu governo concedeu ilegalmente asilo político ao autodeclarado portador do dinheiro, o que só pode ser compreendido como retribuição de favor ou como generosidade arbitrária praticada em prejuízo das leis.
Qualquer que seja o caso, é indiscutível que ele fundou e presidiu o Foro de São Paulo, oficializando a promiscuidade entre partidos legais e organizações criminosas.
Se contra ele se apresentasse candidato um frentista de posto de gasolina, inexperiente, analfabeto e mongolóide, mas honesto e sincero, já seria mil vezes mais digno do nosso voto do que ele. Pois bem, Geraldo Alckmin-Chuchu não é mongolóide, nem analfabeto, nem inexperiente. Não sei se algum dia foi frentista de posto. Mas sei que só não voto nele porque a Embaixada não me deixa.
Votar nele, no entanto, não basta. Se vitorioso, ele não terá militância para apoiá-lo nas ruas contra as organizações multimilionárias que detêm o monopólio das manifestações públicas. Não terá dinheiro para pagar oitocentas consciências de jornalistas como a CUT pagou. Não terá um MST para sair botando fogo em plantações cada vez que ele for contrariado. Não terá uma rede internacional de ONGs para beatificá-lo. E vai governar com uma máquina administrativa dominada por petistas ansiosos para destruí-lo, talvez com a cama-de-gato da nova constituinte armada para eternizar no poder o petismo sem Lula. Para enfrentar tudo isso sem fraquejar, ele precisará do apoio contínuo de seus eleitores e, é claro, de uma coragem incomum. Ser presidente do Brasil depois de Lula significará ter de escolher entre a acomodação ridícula e a luta heróica. Votem no Chuchu – e obriguem-no a escolher a coisa certa.
sexta-feira, agosto 11, 2006
buenos aires
donde estás o buenos aires?
aqui o ar é seco, poluído e as ruas imundas.
os onibus emitem sons diferentes e tudo apita.
o elevador apita, o onibus apita, as ruas apitam e todos com sons diferentes .... tudo é música aqui.
gracias. olla como estás?
são muitos indios pelas ruas, as mulheres tem um nariz curiosamente feito uma rampa de 45 graus e nao vi sequer um negro nas ruas.
o ar é seco e meu olho ficou vermelho. pisco o tempo todo para poder em vão lubrifica-lo...
o suvaco nao parava de ficar molhado mas o corpo seco. um frio seco estranho e muita poluicao. todos de casaco e eu em alguns momentos so de camisa sem compreender o frio.
entro e algum estabelecimento e tiro o casaco... um bafo quente..... saio e coloco o casaco ... que frio doido....
buenos aires!!! donde estas o buenos aires????
aqui o ar é seco, poluído e as ruas imundas.
os onibus emitem sons diferentes e tudo apita.
o elevador apita, o onibus apita, as ruas apitam e todos com sons diferentes .... tudo é música aqui.
gracias. olla como estás?
são muitos indios pelas ruas, as mulheres tem um nariz curiosamente feito uma rampa de 45 graus e nao vi sequer um negro nas ruas.
o ar é seco e meu olho ficou vermelho. pisco o tempo todo para poder em vão lubrifica-lo...
o suvaco nao parava de ficar molhado mas o corpo seco. um frio seco estranho e muita poluicao. todos de casaco e eu em alguns momentos so de camisa sem compreender o frio.
entro e algum estabelecimento e tiro o casaco... um bafo quente..... saio e coloco o casaco ... que frio doido....
buenos aires!!! donde estas o buenos aires????
quarta-feira, agosto 09, 2006
Lasciva
Sei bem o quanto pensas em minha morte, meu amor
Eu bem sei
Mas esqueces,
Querida
Que neste momento
já estou morto
O que resta então?
O Presente
Tudo
Sabe, já não penso mais com a razão
Mas com o diafragma
E o espelho de tua face revela
Tudo aquilo que sonhei para sempre esconder
Nos teus lábios
A morte do ego
E o nascimento de Uroboros
Neste momento
Já estou morto
Pois nasci com o desejo
De alterar minha face
Que antes de meu avô nascer
Eu tive
Eu bem sei
Mas esqueces,
Querida
Que neste momento
já estou morto
O que resta então?
O Presente
Tudo
Sabe, já não penso mais com a razão
Mas com o diafragma
E o espelho de tua face revela
Tudo aquilo que sonhei para sempre esconder
Nos teus lábios
A morte do ego
E o nascimento de Uroboros
Neste momento
Já estou morto
Pois nasci com o desejo
De alterar minha face
Que antes de meu avô nascer
Eu tive
segunda-feira, agosto 07, 2006
estou morto.
enterrei-me no meio da cidade e chamei as baratas pro funeral.
estou sobrevivendo com migalhas: presto meus serviços ao capital!
"sucesso! vencer! oportunidade! alcançar! futuro! estabilidade!"
são as palavras que mais ouço ultimamente.
minha visão está ficando turva. meus pensamentos viraram um redemoinho. me perdi e estou solto no meio do mundo! sem rumo - vagabundante. e continuo morto e enterrado apesar de tudo: ilusão.
cá entre nós, não é melhor eu ficar calado aqui na minha?
se eu gritar e o galo cantar antes do tempo, o que será da lua?
meu amigo kurosawa está ausente. eu também e toda nossa geração xuxa-coca-cola-malhação.
deêm boas vindas! "posto à mesa o caos"!!!!!!!!!!!!
enterrei-me no meio da cidade e chamei as baratas pro funeral.
estou sobrevivendo com migalhas: presto meus serviços ao capital!
"sucesso! vencer! oportunidade! alcançar! futuro! estabilidade!"
são as palavras que mais ouço ultimamente.
minha visão está ficando turva. meus pensamentos viraram um redemoinho. me perdi e estou solto no meio do mundo! sem rumo - vagabundante. e continuo morto e enterrado apesar de tudo: ilusão.
cá entre nós, não é melhor eu ficar calado aqui na minha?
se eu gritar e o galo cantar antes do tempo, o que será da lua?
meu amigo kurosawa está ausente. eu também e toda nossa geração xuxa-coca-cola-malhação.
deêm boas vindas! "posto à mesa o caos"!!!!!!!!!!!!
segunda-feira, junho 26, 2006
pequeno poema idiota
quando do vazio nos nutrimos,
e lá dentro do que restou:
- um suspiro.
quando despenco beco imundo,
e lá dentro bem no fundo:
- só há dor.
quando nada mais importa,
e lá dentro aonde estou:
- é o amor!
e lá dentro do que restou:
- um suspiro.
quando despenco beco imundo,
e lá dentro bem no fundo:
- só há dor.
quando nada mais importa,
e lá dentro aonde estou:
- é o amor!
quarta-feira, junho 14, 2006
Um dia a poesia
Quem sabe a noite um dia não cai mais cedo e as velas se acendam de repente como em um filme de terror, o tempo pare de passar e tudo se torne como antigamente. Quem sabe as árvores um dia falem comigo (somente comigo), o que a vida realmente quer dizer. Quem sabe as borboletas um dia começem a cantar, e no final da tarde entrem no casulo e voltem a ser lagartas. Quem sabe, quando isso acontecer, você esteja aqui comigo, conversando sobre algo que nos faça sorrir por inteiro. Quem sabe este inferno não passe de uma grande confusão que inventamos para dizer em coro com todo o mundo que a vida é mesmo algo que não deveria ser. Quem sabe um dia Deus em pessoa venha até a minha casa, e em silêncio me diga que o tempo de sofrer já passou. Quem sabe um dia uma xícara de chá revele a única coisa que importa nesta vida. Quem sabe este dia não é hoje e tudo seja para sempre felicidade.
terça-feira, maio 30, 2006
Quem tem medo do lobo mau?
As paredes do meu quarto servem de cenário para o que chamo de altismo contrutivo. A vida é uma eterna meditação. Estou deitado na cama e as rachaduras no teto me fazem relembrar coisas há muito "esquecidas". A paisagem é noturna mas as luzes do teto estão acesas. Continuo tentando "inutilmente" olhar para o ponto cego atrás da minha cabeça. Quem está comandando o show? Não sou "eu", disso eu já sei, graças a Deus! Não posso criar-me, pois sou a criatura de Deus, a experiência que o meu "eu" julga ser mórbida, mas que não possui nenhum valor moral "em si". As paredes do meu quarto são como as que projeto na realidade, exceto que estas últimas são mais reais, tampando a visão do que se encontra do "outro lado", como um corte epistemológico, deixando a coisa-em-si ser o que ela é, sem perturbá-la muito, para que não acorde os demônios que habitam nas profundezas do coração. A fé. O minotauro continua vivendo no fim do labirinto que criei para me ver livre do monstro que me tira o sono e me faz ter medo de mim mesmo. São paredes intencionais, feitas de medo e cimento, feitas para não saber. E continuo a fugir. Sem "grandes problemas", continuo a viver, com medo e sozinho. Estou o tempo todo fugindo como uma criança que não quer ver o que lhe mete medo. Mas esta é a tua vida! E não fica melhor do que isso! Viva o agora! A dor! Esta é a tua vida! Pare de fugir para sua caverna silenciosa! A dor é a sua vida! O sofrimento é a sua vida!.........(...)........(...).
quinta-feira, maio 25, 2006
comédia da vida pública
estava na sacada quando vi um casal discutindo na rua.
o cara começou a meter a porrada na mulher chamando ela de vagabunda.
passou um taxi na rua e o herói motorista, cheio de boas intenções, saltou e começou a meter a porrada no cara.
a mulher gritou:
"não faça isso com meu marido!!!"
e indignada começou a esbofetear o motorista.
moral da historia: "briga de marido e mulher ninguém mete o chofer"
o cara começou a meter a porrada na mulher chamando ela de vagabunda.
passou um taxi na rua e o herói motorista, cheio de boas intenções, saltou e começou a meter a porrada no cara.
a mulher gritou:
"não faça isso com meu marido!!!"
e indignada começou a esbofetear o motorista.
moral da historia: "briga de marido e mulher ninguém mete o chofer"
segunda-feira, maio 15, 2006
Copy Paste
Querida Alina,
Tua provocação me abre uma vida de possibilidades de resposta. Não sei o que dizer diante de tanta coisa que há para ser dita. Mas realmente, não há nada mais chato e repetitivo do que toda essa crise que insiste em permanecer exatamente a mesma, como um eterno deja vu rodando em loopings de pensamentos, experiências e sensações que sempre voltam para o mesmo lugar de origem e se repetem apesar de todo o esforço e de todo o tempo que insiste em "passar" (por onde ele passaria?). A crise é a mesma pois a grande questão nunca foi resolvida. Ainda não tivemos a coragem de "atravessar a grande água" que separa homens de macacos. O nome do blog não é por acaso. A questão permanece a mesma. A esfinge repetindo eternamente: Decifra-me ou te devoro", e nossa resposta é sempre "num sei"...
Tua provocação me abre uma vida de possibilidades de resposta. Não sei o que dizer diante de tanta coisa que há para ser dita. Mas realmente, não há nada mais chato e repetitivo do que toda essa crise que insiste em permanecer exatamente a mesma, como um eterno deja vu rodando em loopings de pensamentos, experiências e sensações que sempre voltam para o mesmo lugar de origem e se repetem apesar de todo o esforço e de todo o tempo que insiste em "passar" (por onde ele passaria?). A crise é a mesma pois a grande questão nunca foi resolvida. Ainda não tivemos a coragem de "atravessar a grande água" que separa homens de macacos. O nome do blog não é por acaso. A questão permanece a mesma. A esfinge repetindo eternamente: Decifra-me ou te devoro", e nossa resposta é sempre "num sei"...
Re: Alina
Agora não tenho tempo de escrever uma resposta à altura de Alina e suas partículas amestradas, mas pode deixar que hoje ainda, se Deus quiser, publicarei algo digno de sua provocação. Me aguardem.
sexta-feira, maio 12, 2006
partículas de alina
De: Alina Maciel Abreu
Enviado: sexta-feira, 12 de maio de 2006 17:11:04
Para: "Gabriel Queiroz"
Assunto: RE: Partículas de mim
Claro! As particulas de mim vivem em crise neandertal rsrsrsrs
Tu sabes que virou habito visitar esse blog, eu me sinto em casa, é como se fizesse um passeio por dentro de mim mesmo...seria adorável ver minhas particulas por lá!Bjos!
----Original Message Follows----
From: "Gabriel Queiroz"
To: "Alina Maciel Abreu" To: gabrielfqueiroz@hotmail.com
Subject: RE: Partículas de mim
me dá a permissão de colocar esse texto no meu blog?
----Original Message Follows----
From: "Alina Maciel Abreu" To: gabrielfqueiroz@hotmail.com
Subject: Partículas de mim
Date: Mon, 24 Oct 2005 16:14:47 -0300 (EST)
Particulas de mim
Eu já sorri tanto que fiquei com dor nas bochecas
Eu já dormi chorando e acordei rouca com travesseiro molhado
Já tomei banho de chuva mesmo sabendo que ficaria doente
Já tomei banho de chuva só pra ficar doente
Já joguei café quente na terra pra não chover
Já corri atrás de alguém na rua só pra ver seu sorriso ao me ver com cara de
desesperada
Já nadei pelada no mar
Já corri na areia da praia em dias de chuva e frio
Já observei pessoas estranhas só para comparar seus cotidianos com o meu
Eu já tive inveja algumas vezes
Eu já chorei embaixo dágua, pra ninguém perceber
Me achei uma velha com 7 anos e um bebê com 27
Já beijei escondida
Já roubei beijo
E já tive uns beijos roubados
Já disse "sim" quando queria dizer "nunca!"
E disse "não" quando na verdade era "Sempre!"
Eu já quis viver 100 anos e quis morrer "agora"
Já amei sem tesão
E já senti tesão sem amar
Já quis viver pra sempre ao lado de alguém
Já quis ter o talvez, somente, ao meu lado
Já me senti completa, só comigo mesmo
Já li livro em dupla
E já comecei outros tantos sem nunca saber do fim
Eu já quis morar na lua
No japão
Na próxima esquina
E num ranchinho no meio do nada
Já acreditei em mentiras
Eu já me feri com minhas próprias verdades
Eu já fui além
Também já dei um passo pra trás
Já chorei de tanto rir
Já ri de tanto chorar
Eu já machuquei o dedo e bebi meu próprio sangue
Já quis ser pescador, astronauta, bailarina, advogada, médica, atriz, adulta, atleta, sexóloga, psicóloga, teóloga, jornalista, estatística, pedagoga, vendedora, palhaça, consultora, trapezista, invisível, louca, mulher (de alguém), sozinha (sem ninguém), estrela, um pé de eucalípto...
Eu já me arrependi de coisas que fiz
Já errei e pedi desculpas
Já tive medo
Eu já fui ao cinema pra me esconder do mundo e não consegui, porque o mundo que eu
tenho medo, está dentro de mim...
Beijos, Alina ;-)
Enviado: sexta-feira, 12 de maio de 2006 17:11:04
Para: "Gabriel Queiroz"
Assunto: RE: Partículas de mim
Claro! As particulas de mim vivem em crise neandertal rsrsrsrs
Tu sabes que virou habito visitar esse blog, eu me sinto em casa, é como se fizesse um passeio por dentro de mim mesmo...seria adorável ver minhas particulas por lá!Bjos!
----Original Message Follows----
From: "Gabriel Queiroz"
To: "Alina Maciel Abreu" To: gabrielfqueiroz@hotmail.com
Subject: RE: Partículas de mim
me dá a permissão de colocar esse texto no meu blog?
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From: "Alina Maciel Abreu" To: gabrielfqueiroz@hotmail.com
Subject: Partículas de mim
Date: Mon, 24 Oct 2005 16:14:47 -0300 (EST)
Particulas de mim
Eu já sorri tanto que fiquei com dor nas bochecas
Eu já dormi chorando e acordei rouca com travesseiro molhado
Já tomei banho de chuva mesmo sabendo que ficaria doente
Já tomei banho de chuva só pra ficar doente
Já joguei café quente na terra pra não chover
Já corri atrás de alguém na rua só pra ver seu sorriso ao me ver com cara de
desesperada
Já nadei pelada no mar
Já corri na areia da praia em dias de chuva e frio
Já observei pessoas estranhas só para comparar seus cotidianos com o meu
Eu já tive inveja algumas vezes
Eu já chorei embaixo dágua, pra ninguém perceber
Me achei uma velha com 7 anos e um bebê com 27
Já beijei escondida
Já roubei beijo
E já tive uns beijos roubados
Já disse "sim" quando queria dizer "nunca!"
E disse "não" quando na verdade era "Sempre!"
Eu já quis viver 100 anos e quis morrer "agora"
Já amei sem tesão
E já senti tesão sem amar
Já quis viver pra sempre ao lado de alguém
Já quis ter o talvez, somente, ao meu lado
Já me senti completa, só comigo mesmo
Já li livro em dupla
E já comecei outros tantos sem nunca saber do fim
Eu já quis morar na lua
No japão
Na próxima esquina
E num ranchinho no meio do nada
Já acreditei em mentiras
Eu já me feri com minhas próprias verdades
Eu já fui além
Também já dei um passo pra trás
Já chorei de tanto rir
Já ri de tanto chorar
Eu já machuquei o dedo e bebi meu próprio sangue
Já quis ser pescador, astronauta, bailarina, advogada, médica, atriz, adulta, atleta, sexóloga, psicóloga, teóloga, jornalista, estatística, pedagoga, vendedora, palhaça, consultora, trapezista, invisível, louca, mulher (de alguém), sozinha (sem ninguém), estrela, um pé de eucalípto...
Eu já me arrependi de coisas que fiz
Já errei e pedi desculpas
Já tive medo
Eu já fui ao cinema pra me esconder do mundo e não consegui, porque o mundo que eu
tenho medo, está dentro de mim...
Beijos, Alina ;-)
o recalcado mascarado
retirei minha máscara e a joguei fora.
como foi insuportável me olhar no espelho... que merda que eu fiz!
corri atrás do caminhão de lixo, mas não a encontrei. fiquei desesperado procurando ela por tudo quanto é lado.
já sem esperanças vi um sujeito passando aqui pela jardim botânico dando boa noite para todos todo feliz e alegre. ah! achei ela! corri atrás do ladrão e meti a porrada nele.
a recuperei toda descascada e suja.
"como pude te tratar assim? tadinha de você".
a trouxe para casa com todo cuidado, a limpei e a retoquei com cores mais vivas e com seus detalhes cada vez mais complexos. vejo aquele antigo defeito que ela tinha e trato de corrigir com mais cores e mais detalhes! acerto o sorriso amarelo, retocando o canto da boca pro sorriso ficar mais sincero e pronto!
estou pronto para um novo dia!
bom dia mundo!
como foi insuportável me olhar no espelho... que merda que eu fiz!
corri atrás do caminhão de lixo, mas não a encontrei. fiquei desesperado procurando ela por tudo quanto é lado.
já sem esperanças vi um sujeito passando aqui pela jardim botânico dando boa noite para todos todo feliz e alegre. ah! achei ela! corri atrás do ladrão e meti a porrada nele.
a recuperei toda descascada e suja.
"como pude te tratar assim? tadinha de você".
a trouxe para casa com todo cuidado, a limpei e a retoquei com cores mais vivas e com seus detalhes cada vez mais complexos. vejo aquele antigo defeito que ela tinha e trato de corrigir com mais cores e mais detalhes! acerto o sorriso amarelo, retocando o canto da boca pro sorriso ficar mais sincero e pronto!
estou pronto para um novo dia!
bom dia mundo!
o funeral das máscaras
é meu amigo. estamos andando no mesmo caminho mas contemplando nele coisas diferentes.
não vejo tanto mais essa tristeza.
ao caminhar salto as pedras e sinto mais o cheiro dos perfumes.
vejo mais as cores e o céu azul desse fim de outono com as nuvens alvas a correr pelo céu anunciando a frente fria.
não quero mais vomitar aqui nesse blog minhas crises e tristezas até porque elas estão se dissipando. acho que já exorcizei-as a tempos... e a causa maior delas era meu trabalho.
depois que comecei a trabalhar como freela e ter tempo livre pras viagens e escaladas minha vida melhorou a vera.
tá certo, tá certo. é óbvio que não alcancei o nirvana, ainda tenho vários acertos de contas para fazer com os meus amigos fantasmas...
ah, você acredita em fantasmas?
li em um livro que os fantasmas aparecem quando você não enterra as pessoas direito.
interessante isso não?
tenho sido um ótimo guia de montanhas para fantasmas...
e até que me dou bem com eles. melhor do que antes quando eu nem sabia que eram eles que me assombravam.
e aliás meu caro amigo, de onde vem toda essa sua tristeza?
é a política? é o seu amor pelos pobres? pelos velhinhos da fila do inss? hummmmm creio que não né?
pra mim o lance é fazer um funeral decente para enterrar os mortos vivos. ou os vivos mortos. ou melhor: recalque é uma merda.
"sob que máscara retornará o recalcado?" wally sailormoon
cansei de viver em um eterno baile de máscaras... vos convoco ao funeral das máscaras!
não vejo tanto mais essa tristeza.
ao caminhar salto as pedras e sinto mais o cheiro dos perfumes.
vejo mais as cores e o céu azul desse fim de outono com as nuvens alvas a correr pelo céu anunciando a frente fria.
não quero mais vomitar aqui nesse blog minhas crises e tristezas até porque elas estão se dissipando. acho que já exorcizei-as a tempos... e a causa maior delas era meu trabalho.
depois que comecei a trabalhar como freela e ter tempo livre pras viagens e escaladas minha vida melhorou a vera.
tá certo, tá certo. é óbvio que não alcancei o nirvana, ainda tenho vários acertos de contas para fazer com os meus amigos fantasmas...
ah, você acredita em fantasmas?
li em um livro que os fantasmas aparecem quando você não enterra as pessoas direito.
interessante isso não?
tenho sido um ótimo guia de montanhas para fantasmas...
e até que me dou bem com eles. melhor do que antes quando eu nem sabia que eram eles que me assombravam.
e aliás meu caro amigo, de onde vem toda essa sua tristeza?
é a política? é o seu amor pelos pobres? pelos velhinhos da fila do inss? hummmmm creio que não né?
pra mim o lance é fazer um funeral decente para enterrar os mortos vivos. ou os vivos mortos. ou melhor: recalque é uma merda.
"sob que máscara retornará o recalcado?" wally sailormoon
cansei de viver em um eterno baile de máscaras... vos convoco ao funeral das máscaras!
quinta-feira, maio 11, 2006
Manhã
Tudo é tristeza. Amar é aceitar a dor. Reconhecer a própria solidão. O boteco é a igreja pós-moderna e a cachaça é o ópio do povo. É o altar que me faz lembrar de coisas há muito esquecidas ou perdidas. Tanto faz. O café com cigarro e açucar estão em perfeita sintonia com o tom de tristeza da manhã. A triste alegria do trabalhador enche o silêncio de tanto barulho que não consigo mais ouvir a Marisa Monte falar sobre o amor. Sei o quanto é triste a vida pelo olhar do motorista apressado para chegar em algum lugar que não seja este em que ele está. O mendigo dorme no berço cristão da sarjeta enquanto a vida mostra toda a sua tristeza, da qual ele não pode escolher fugir. Ninguém pode. Despistá-la talvez, ou fingir que não existe. Mas por detrás de tudo o que se pensa e o que se sente, ela permanece sentada. É só pelo caminho da tristeza que se entra verdadeiramente na vida. Até quando você vai ignorá-la?
terça-feira, maio 02, 2006
Luz estroboscópica
Qual botão eu aperto para desligar a máquina de expectativas - sempre frustradas -que impedem a consciência de ser somente e unicamente experiência? Sou a experiência que flui estática, eterna, ilusioriamente quebrada pelas ilusões do tempo e espaço...Quebras de espaço, quebras de tempo, quebras de vida. Tudo é quebrado, fragmentado. O tempo não é mais eterno e a tristeza se esconde por detrás da raiva, do ódio, da fúria e do desejo de matar. Só a tristeza resta, no fundo de todas as emocões contidas e estranhamente manipuladas. A tristeza não pode ser manipulada. A tristeza, o sofrimento, o amor, que é a dor de se estar verdadeiramente vivo, se transforma em outra emoção, assim como tudo o que existe se transforma, num incessante fluir de pensamentos quebrados, emoções não vividas e a vida, arruinada. Nas fendas da mente moderna - mas que é a-histórica - que destrói qualquer tipo de autenticidade ou experiência real, ontológica de se estar vivo, o tempo real, mítico nunca deixou de ser. Mas você, caro leitor, não podia se importar menos com isso...Você que está tão certo de suas verdades, tão confiante e sustentado por tudo o que homens inventam para preencher todo o espaço em branco que a covardia abriu, com seus machados de medo, orgulho e desejos patéticos. Você que acha que não falo nada de novo não compreende o porquê, pois não sabe que nada de novo há para se falar. É necessário repetir tudo o que já foi dito, até que um dia, homenageado por flores que caem dos céus, a mensagem encontre algum espaço na sua experiência. A eternidade presente e você prefere continuar com medo de viver. Tudo flui e o que permanece é o vazio livre de qualquer expectativa, contemplando as Verdades Metafísicas que reverberam no microcosmos da experiência que sou. Minhas questões microcósmicas são unicamente o espelho das questões macrocósmicas, e não importa o que as desencadeou, pois no fundo tudo acontece e não é por acaso. Não venha tentar me psicanalizar. Não há qualquer tipo de caminho, pois o caminho só existe se você o trilha, e nada do que você fizer fará alguma diferença real. Não há nada a ser ganho ou salvo através de originalidade individual. Tente dormir com um barulho desses.
segunda-feira, maio 01, 2006
Gabi Gay
Gaby gay foi passear no bosque, encontrou um bofe e deu a rosca...Ficou confuso e achou que era gay...Que coisa!
quinta-feira, abril 27, 2006
Comentários de longe
AH! Que tristeza! Mas o pior é quanta (demais) bobagem se diz ou se pensa (Se escreve)... No meio de tantas carroagens lindas de ambrosia natural, o cigarro dos deuses está apagado e Zeus tenta inutilmente parar de fumar. O Diabo está pisando fundo e o anjinho, ó! coitado do anjinho tentando "sinceramente", inutilmente, correr com sua bicicleta esterilizada e alcançá-lo, tu que não merece, pelos caminhos dos pensamentos infernais, pois não quer sujar o mundo de mais poluição. E o diabo, ah! o Diabo está pouco se fudendo pra essas merdas que inventam por aí! Ele quer é que se foda a miséria, que se foda se é um analfabeto o presidente do Brasil, que se foda a saúde ou a cura do câncer, que se foda Jesus ou a pretensa morte de Deus... Seja o que Deus quiser, diz o Diabo, e sorri mal-criado, envergonhado de ser o que é. Mais um ato de discórdia, ou seria de misericórdia? e o diabo sorri para sempre, eternamente louco por uma tragada de veneno à espera da morte. O diabo é tentador. Ou seria Jesus? Aliás, quem é que pode saber a diferença entre um e outro? Tu? HAHAHA! Não me faça chorar...
Pelo amor de Deus, não nos deixeis cair em tentação, MAS livrai-nos do mal, Amém.
Pelo amor de Deus, não nos deixeis cair em tentação, MAS livrai-nos do mal, Amém.
segunda-feira, abril 24, 2006
Notícias de uma guerra particular
A mágica não se desvanesce quando a realidade dura esbofeteia teus sonhos infantis. Pelo contrário, é só a partir do crescimento que a mágica se faz. É só a partir do amadurecimento que podemos sonhar, que podemos perseguir nosso sonho e fazê-lo Real. Do contrário, iremos mais uma vez colocá-los todos numa prateleira dos livros de contos de fada. Qual é a tua, garotão? Vai ficar para sempre esperando mamãe trocar tua fraldinha? Fodam-se seus traumas de infância. Foda-se o que já passou. O que importa teu passado, se ele não faz você mudar o presente? O que importa se um cara há dois mil anos atrás ressuscitou? Você está ressuscitando agora? Se não está, não tem a menor importância. Quero o dia-a-dia, que é onde a vida acontece. É no cotidiano que criamos nosso destino. Profetizar não é dificil. Se fazes sempre a mesma coisa, estarás sempre no mesmo lugar. Aceite o quinhão que lhe cabe nesta vida e pare de tentar bancar o esperto, garotão!
quinta-feira, abril 20, 2006
Cartas a um jovem Leo Poeta
As regras do jogo mudaram. Não vale mais trinca nem coringa. Bater só com canastra limpa. Melhor assim. O jogo "sujo" fica sempre truncado. Foi o que ficou para mim. Por isso senti que foi uma boa conversa. Chegamos a um acordo poético, familiar. Não há mais muito o que falar sobre isso, exceto o que já falei. E o que já intuia, ou seja, você é um cara legal. Imagino as grandes conversas que já tiveram, você e Gabriel. Imagino tua vida, teus fracassos e vitórias, tuas quedas e tuas outras quedas...Apesar da idade (isto é uma provocação) teu espírito é jovem (isto também foi uma provocação). Tu és um cara aberto (já estou começando a exagerar, eu sei). Mas o mais importante é que estás vivo, disso não tenho mais dúvidas(isso foi um elogio). Um homem sério, apesar de toda a brincadeira. Um homem caseiro, apesar do espírito aventureiro, inquieto. Um homem lúcido, apesar de toda a loucura (e quanta loucura deve habitar aí dentro!). Lembra-te sempre que minha única intenção, se é que tenho alguma, é te provocar. Pra que? Pra observar tuas reações, para saber quem é você, para poder confiar em ti. Sempre fui um cara desconfiado. Vae con Dios. Sucesso!
Verme, se eu estiver certo, ontem foi uma das melhores noites de sexo (de amor, me desculpe) da sua vida. Acertei? Ou foi "A Melhor de todas"?
Verme, se eu estiver certo, ontem foi uma das melhores noites de sexo (de amor, me desculpe) da sua vida. Acertei? Ou foi "A Melhor de todas"?
terça-feira, abril 18, 2006
sol e adão
meu pai morreu, terminei o namoro, entrou um espinho no meu braço, tentaram tira-lo no hospital mas ele não saiu, estou com o braço fudido, estou deprimido, triste, arrasado, sem trabalhar, sonhando com meu pai, minha ex me liga e me diz que ficou com um outro cara, estou com dor de cotovelo, dor de corno, está chovendo, está tudo cinza, estou aos poucos voltando a fumar, estou pálido, sem vida, moribundo, estou só, solidão essa coisa tal qual sol e adão andando sozinhos pela terra esperando eva chegar...
sexta-feira, abril 14, 2006
quando nietzsche surtou (ou seria surfou?)
se, por acaso, um demônio aparecesse diante de ti, dizendo-lhe que tudo o que foi por ti vivido será repetido infinitamente, de maneira cíclica, o que você faria? O amaldiçoaria, ou o abençoaria?
terça-feira, abril 11, 2006
Encontro Astral
Vieram do mesmo lugar em que me apareceu um velinho pedindo um isqueiro na porta da PUC, em pé, de paletó surrado e com um café na mão. "Ninguém fuma por aqui", disse ele, ao passo que eu respondi de sopetão (também não sei de onde veio a minha frase, que despejei num ping-pong rapidíssimo): "Pois é rapaz (rapaz não era, talvez tenha sido um dia, ou quem sabe o é muito mais do que eu jamais fui), ninguém fuma mais!", e isso é bom, disse ele. Eu não soube o que responder e a conversa acabou. Me olhou nos olhos e me disse: "Sucesso". Eu agradeci, desejei o mesmo e fui-me andando de volta para onde tenho que ir, pensando que aquele tinha sido um encontro místico, o rosto do velho me era estranhamente familiar e desconhecido, sei que foi uma experiência mística, se não o foi, faço-a ser só de pensar que o foi. Aquelas palavras vieram do mesmo lugar de onde veio o velhinho místico, poderia ter sido o Senhor, é claro que foi o Senhor me dando um sinal, como não poderia ser? O encontro me deixou feliz, assim como suas palavras, e mais uma vez tento aqui escrever algo que venha daquele lugar, o mesmo lugar que pertence tudo o que não sabemos explicar, como aquela pessoa que dirige para nós quando estamos bêbados e - olha que incrível - não batemos o carro por milagre. Quem estava dirigindo o carro? Eu que não era. Quem passou a marcha e desviou daquele ônibus que vinha a toda velocidade? Não sei, assim como não sei o sentido da vida e a procedência daquelas palavras e o lugar de onde veio o velhinho místico que me pediu um isqueiro na porta da PUC quando eu tinha acabado de falar com você pelo telefone.
ode ao kurosawa
deonde veio essas palavras kurosawa? veio de dentro de ti - de alguma sinapse nervosa aguardando sua ativação? ou veio de fora - nós como para-raios cósmicos de sinais vindos dos confins do universo que vagam ad eternum por aí desde de sua geração?
quando temos a pretenção de escrever algo belo e impactante só lixo vem ... mas quando de supetão somos arrebatados por uma inspiração arrepiante que nos levanta os pelos da nuca e escrevemos como se um espirito tomasse conta dos nossos dedos e do nosso cerebro - ai sim! esse é o verdadeiro texto! é o texto da alma! o texto que não tem propriedade - é de propriedade cósmica! podemos lê-lo em qualquer tempo e em qualquer ponto do universo que sempre escutaremos a mesma língua - a voz de DEUS!
gostei muito. me deu até inveja (das saudáveis lógico!)
quando temos a pretenção de escrever algo belo e impactante só lixo vem ... mas quando de supetão somos arrebatados por uma inspiração arrepiante que nos levanta os pelos da nuca e escrevemos como se um espirito tomasse conta dos nossos dedos e do nosso cerebro - ai sim! esse é o verdadeiro texto! é o texto da alma! o texto que não tem propriedade - é de propriedade cósmica! podemos lê-lo em qualquer tempo e em qualquer ponto do universo que sempre escutaremos a mesma língua - a voz de DEUS!
gostei muito. me deu até inveja (das saudáveis lógico!)
Ao abrigo do pensamento "racional"
Mamão faz cagar. Banana não deixa cagar. Ameixa faz cagar. Quanta diversidade!
A quem estou querendo enganar? Até rimou, não era um fato que podia se esperar, pelo menos não tão cedo assim... Perco o sono e fico rolando na cama, sem saco pra ler, sem saco pra me masturbar, e nesta eterna luta pra mais uma vez parar de fumar. "Tenho que sentir", penso eu, "Escutar o meu coração", e permaneço teimosamente pensando no assunto...
Do cume calmo do meu olho que vê, continuo separado do corpo e do mundo palpável, vulgo "mundo real". Mas para fugir ou talvez encontrar, vivo aqui no mundo das idéias quebradas, todas salvas num disquete pequeno, maroto. Mais ieu é qui num sô besta ué! e passo tudo rapidamente pra barriga dum computador cheio de lumbrigas e vírus. A ponte entre este mundo daqui e o mundo lá de baixo caiu. Acho que vou esperar o exército consertar pra mim...
Páre com isso, garoto observador! Tu precisa é sacudir a alma, botar os pézinhos pra sambar, peregrinar por aí em busca de um tesouro escondido, fazer uma tatuagem, levar o cachorro ao cinema, veja! Quanta coisa pode-se fazer! É...Mas não tenho a menor vontade de fazê-lo-o.
Mas tá na boa, tá tranquilo. E a vida vai passando, o destino se cumprindo e a síndrome do pânico se alimentando de pensamentos e emoções compactadas e afuniladas num canto do seu quadril, silenciosamente fazendo o seu trabalho. E você, que está tão feliz, um belo dia acorda e diz que não contava com essa, foi demais para você. Te pegou de surpresa este sentimento indefinido de terror que cresce sempre que você tenta amansiá-lo ou mesmo - olha que pretensão- controlá-lo. Teu ego está rodeado de lâminas mas você não as vê, e ao menor movimento você ao menos SENTE tua pele se cortando de cima a baixo, e a dor, a dor, esta sim é bem real. Só a dor é real, e você não sabe mais o que fazer, e afinal e por fim se desespera, pois sentimentos não são coisas com as quais você aprendeu a mexer, lidar, e muito menos manipular, seja na escola, em casa ou no motel.
Mas eis que surge! um objetivo na tua frente, e você, como não é bobo nem nada, começa a correr e a nadar e se arrastar em direção ao futuro que está sempre se afastando de você. Não desista seu fraco! continue a cavar tua cova e morra lá embaixo, ao menos assim, ninguém poderá te achar.
Sai caboclo ruim! Essa melancolia grunge não te cai nada bem, nunca coube, se é que você quer mesmo saber. Quanta coisa acontecendo! e você preocupado com ervas daninhas no quintal, querendo saber quem é mais forte ou o que há por debaixo de tantas máscaras...
Fica! Não subas, não desças, o mistério está é na tua vida! no caminho do meio eu me perdi, ora em cima, ora embaixo, nunca estive no meio, cabeção! Um coquinho na cabeça do pivete, ou melhor, do garoto, e a dor de se saber igualzinho a quem se odeia tanto. Sou igual a ele, por quem odiei por tanto tempo e conjurei as piores malidições. Sou igual a ele. Teu Nome não é mais Jesus ou Senhor, teu nome é Ironia.
Sonhos do passado me conquistam pelo mistério de não ter explicação. É a mística em seu estado mais puro e "RACIONAL"...Que beleza bebê, vai trocar a fraldinha e pára de falar merda.
E a vida! esta coisa tão imensa grudando em meus pés, que não deseja a ninguém que fique ou que vá , está apenas - e simplesmente - à disposição de qualquer um que mereça sofrer e viver mais uma vez...
A quem estou querendo enganar? Até rimou, não era um fato que podia se esperar, pelo menos não tão cedo assim... Perco o sono e fico rolando na cama, sem saco pra ler, sem saco pra me masturbar, e nesta eterna luta pra mais uma vez parar de fumar. "Tenho que sentir", penso eu, "Escutar o meu coração", e permaneço teimosamente pensando no assunto...
Do cume calmo do meu olho que vê, continuo separado do corpo e do mundo palpável, vulgo "mundo real". Mas para fugir ou talvez encontrar, vivo aqui no mundo das idéias quebradas, todas salvas num disquete pequeno, maroto. Mais ieu é qui num sô besta ué! e passo tudo rapidamente pra barriga dum computador cheio de lumbrigas e vírus. A ponte entre este mundo daqui e o mundo lá de baixo caiu. Acho que vou esperar o exército consertar pra mim...
Páre com isso, garoto observador! Tu precisa é sacudir a alma, botar os pézinhos pra sambar, peregrinar por aí em busca de um tesouro escondido, fazer uma tatuagem, levar o cachorro ao cinema, veja! Quanta coisa pode-se fazer! É...Mas não tenho a menor vontade de fazê-lo-o.
Mas tá na boa, tá tranquilo. E a vida vai passando, o destino se cumprindo e a síndrome do pânico se alimentando de pensamentos e emoções compactadas e afuniladas num canto do seu quadril, silenciosamente fazendo o seu trabalho. E você, que está tão feliz, um belo dia acorda e diz que não contava com essa, foi demais para você. Te pegou de surpresa este sentimento indefinido de terror que cresce sempre que você tenta amansiá-lo ou mesmo - olha que pretensão- controlá-lo. Teu ego está rodeado de lâminas mas você não as vê, e ao menor movimento você ao menos SENTE tua pele se cortando de cima a baixo, e a dor, a dor, esta sim é bem real. Só a dor é real, e você não sabe mais o que fazer, e afinal e por fim se desespera, pois sentimentos não são coisas com as quais você aprendeu a mexer, lidar, e muito menos manipular, seja na escola, em casa ou no motel.
Mas eis que surge! um objetivo na tua frente, e você, como não é bobo nem nada, começa a correr e a nadar e se arrastar em direção ao futuro que está sempre se afastando de você. Não desista seu fraco! continue a cavar tua cova e morra lá embaixo, ao menos assim, ninguém poderá te achar.
Sai caboclo ruim! Essa melancolia grunge não te cai nada bem, nunca coube, se é que você quer mesmo saber. Quanta coisa acontecendo! e você preocupado com ervas daninhas no quintal, querendo saber quem é mais forte ou o que há por debaixo de tantas máscaras...
Fica! Não subas, não desças, o mistério está é na tua vida! no caminho do meio eu me perdi, ora em cima, ora embaixo, nunca estive no meio, cabeção! Um coquinho na cabeça do pivete, ou melhor, do garoto, e a dor de se saber igualzinho a quem se odeia tanto. Sou igual a ele, por quem odiei por tanto tempo e conjurei as piores malidições. Sou igual a ele. Teu Nome não é mais Jesus ou Senhor, teu nome é Ironia.
Sonhos do passado me conquistam pelo mistério de não ter explicação. É a mística em seu estado mais puro e "RACIONAL"...Que beleza bebê, vai trocar a fraldinha e pára de falar merda.
E a vida! esta coisa tão imensa grudando em meus pés, que não deseja a ninguém que fique ou que vá , está apenas - e simplesmente - à disposição de qualquer um que mereça sofrer e viver mais uma vez...
sábado, abril 08, 2006
ALELUIA SENHOR
finalmente o kurosawa, vulgo dudu, me chamou pra casa de campo com piscina burguesa cheia de ratos!!!!!
enquanto houver burguesia
existirá poesia!!!!!
enquanto houver burguesia
existirá poesia!!!!!
sexta-feira, abril 07, 2006
Ouro de Tolo
Eu devia estar contente porque eu tenho um emprego sou dito cidadão respeitável e ganho mil e poucos reais por mêeeees...Eu devia agradecer ao senhor por ter me formado em Filosofia ter um diploma da PUC-Rio eu devia estar feliz porque meu pai comprou pra mim um fiat Uno 2006...Eu devia estar alegre satisteito por morar na Gávea Zona sul quando milhares de brasileiros moram debaixo da ponte, na sarjeta, na cadeia ou na faveeeeela...Eu devia estar sorrindo e orgulhoso por ter finalmente vencido na vida depois da tantos anos fumando maconha mas eu acho isso uma grande piada e um tanto quanto perigoooooooosa...Eu devia estar contente por ter conseguido uma porrada de coisas que eu quis mas confesso abestalhado que eu estou decepcionaaaaaaaado...Porque foi tão fácil conseguir, agora eu me pergunto "e daí?" eu tenho uma porção de coisas grandes pra conquistar e eu não posso ficar aí parado...Eu devia estar feliz pelo senhor ter me concedido uma casa em Petrópolis pra passar o final de semana com a família e ter comida e roupa lavada todo o santo diiiiia....Ah mas que sujeito chato sou eu que não acha nada engraçado, praia, cachoeira, surf, baixo gávea, maconha, big brother eu acho tudo isso um saco...É você olhar no espelho, se sentir um grandissíssimo idiota, saber que é humano, ridículo, limitado que só usa 10% de sua cabeça neandertal...E você ainda acredita que é um educador, engenheiro ou escritor que está contribuindo com sua parte para o nosso belo quadro social... Eu é que não me sento no trono de uma casa com a boca escancarada cheia de dentes esperando a mooooorte chegar...Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais, no cume calmo do meu olho que vê assenta a sombra sonora dum disco voador. O que quer que isso signifique.
sexta-feira, março 31, 2006
Meu ovo esquerdo
Todo o dia faço minhas preçes a São Lulinha protetor dos pobres e comunistas, visto meu pijaminha do PT, viro pra esquerda e durmo. Em minhas preçes peço que Lulinha ajude a salvar todos os pobres do Brasil inteiro. Amém.
quinta-feira, março 30, 2006
Restos do encontro com os astros
Não temos referências, modelos a seguir. Como já dizia cazuza, todos os meus heróis morreram de overdose. Outros se suicidaram. Outros se venderam, outros estão na sarjeta. Precisamos de referências e não adianta procurá-las com os mais velhos, pois eles às vezes estão mais perdidos do que nós, não em relação a política ou qualquer assunto fútil deste tipo, isso eles sabem direitinho...Digo em relação a vida, em relação as questões metafísicas, ao centro da nossa própria existência que está completamente dilacerada e diluída em espaços profanos de fissuras utilitárias. Quero saber o que a Vida tem a dizer para mim! Quero saber o que a vida tem a me dizer em relação ao que eu sou! É isso o que importa. Chegamos ao mundo e tudo o que dizem para nós é a forma que precisamos seguir para nos ajustar às leis, para nos enquadrar no mercado e para conseguir as coisas que são "necessárias" para a vida em sociedade. A sociedade, a ciência e inclusive nossos pais (pois eles também sofreram isso) tentam nos fazer acreditar que somos os filhos da faxineira do universo e que devemos tentar nos conformar com isso. A pergunta nunca é o que nós somos mas o que estão precisando. Vá fazer informática porque isso dá dinheiro e o mercado vai crescer pois o mundo vai precisar cada vez mais de nerds para preencher os espaços em branco de tudo o que falta e que é essencial e tornar nossas vidas mais fáceis e úteis e tecnologicamente melhores e instrumentalmente mais abundante e rica. Vá fazer direito pois as pessoas precisam de alguém que defenda seus direitos e os faça se sentir mais vítimas da sociedade e das outras pessoas e da vida e de tudo (inclusive de Deus) do que já o sentem e acham. O cúmulo dessa aberração eu li outro dia no jornal( não era o globo). Um rapaz deficiente na França processou os pais por eles não terem abortado-o. Ele ganhou...Enfim, voltando ao assunto, o que importa não é o que você é mas sim o que o mundo está precisando que você seja. Somos o tempo todo bombardeados a acreditar que somos os filhos da faxineira do universo quando na verdade somos os reis e o mundo é que precisa se ajoelhar aos nossos pés e criar demandas para o que nós somos, não ao contrário. É uma espécie de revolução copernicana, mas agora não aos moldes de Kant e da questão epistemológica, mas uma revolução espiritual. Somos os reis e viemos mostrar o que somos, portanto tratem de começar a criar demandas e necessidades para o que eu sou e para o que eu faço!
quarta-feira, março 29, 2006
A besta sou eu
A Globo falô tá falado rapá! Quem você pensa que é? Meu pai falou eu acredito, claro! Leio teu texto e imediatamente surge esta frase na minha cabeça: "acho que eu sou um débil mental". Autoridades em qualquer assunto não faltam mas a pergunta que vale um milhão de doláres é a seguinte: em qual mentira vamos acreditar? Tudo fala por nós mas o pior de tudo não é isso, mas o camarada achar que é sincero. Como eu. Autoridades são necessárias e tu tem que acreditar em alguém porque se você não acreditar em ninguém meu chapa, você pode querer começar a aprender a pensar. E aí? Imagina, tu refletindo sobre a vida? Prefiro o suicídio! Acho que vou no banheiro vomitar e daqui a pouco vou voltar pro meu lar doce lar e depois talvez eu vá ao cinema para o meu cérebro eu conseguir desligar e mais tarde vou dormir e por favor meu deus não me deixe sonhar e depois do cinema vambora tirando a calcinha logo meu bem porque nós vamos trepar e se eu ficar com muita raiva eu vou querer assassinar. O Lula.
kurosawa - o místico do planalto central
é meu amigo, vc acredita em tudo que le nas bancas de jornais e em tudo o que passa no jornal das 8? vc que falou de terra em transe não percebeu que lá tb eles falam que o governante que está no poder tem que fazer as vontades daqueles que os colocaram lá? e quem colocou lula no poder? fomos nós? quem somos nós? somos o que somos ou somos o que ditam pelos meios de comunicacao? e lula estando lá quem pode dizer pelo que ele passa? li não sei aonde que estão doando bolsas familias por ai e dizendo que o desemprego está melhorando e que existem programas sendo implementados para o problema da seca no nordeste ... mas isso é por baixo dos panos e muito pouco divulgado ou estou delirando? e quem disse que o brasil está uma merda? a rede globo ou o jornal o globo? vc? eu? hein? no filme terra em transe a emissora de TV era quem ditava quem ia ficar no poder dependendo dos seus interesses lembra? e quem comanda o pais é quem está no poder? quem está no poder na realidade?
e aliás ... quem se importa com isso tudo? eu estou achando tudo ótimo!
e aliás ... quem se importa com isso tudo? eu estou achando tudo ótimo!
terça-feira, março 28, 2006
"Analfabeto no poder" ou"A besta de bom coração"
Glauber já havia profetizado em terra em transe: "já pensou Antônio (ou João, José, Manuel, sei lá, essa besta, pronto!) no poder?". Um analfabeto governando um país inteiro..."Mas a culpa não é do povo Antônio!" Já dizia o ceguinho pra Antônio das Mortes. Tudo bem, mas então é de quem? Quem colocou Lulinha paz e amor no poder? "Eu confiava nele!" dizem por aí. Inteligente como ele só, Lula desanda por aí sem parar de falar besteira. É uma metáfora idiota atrás da outra, e lá vai o presidente do Brasil discursando de improviso e o povo esperando o belo dia em que ele salvará a todos. Aí um outro belo dia o povo cansa, já não acredita mais no operário que veio do povo. Pobre que vai pro poder muda de caráter, pensa o povo, e lá vai todo mundo votar num evangelho, esse sim é uma pessoa de bem e vai salvar nóis. É...Mó onda ae. Garotinho no poder e o Brasil vai pra PUTA QUE PARIU! Mó onda ae. "Eu sou de esquerda!" pensa o débil mental, e dá um gole de champagne no apartamento da Vieira Souto, e começa a falar de socialismo..."Já li tudo de Marx!" e eu digo pra você: FODA-SE!! e cuspo na tua cara, seu arrombado!
quinta-feira, março 23, 2006
Histórias Verídicas
Certo dia, um desses dias aparentemente igual a qualquer dia normal, vinha andando e assoviando alegremente o príncipe das trevas, Lúcifer em pessoa, por uma simples estradinha de terra no interior de uma cidade qualquer do Brasil, a fazer sua caminhada matinal, carregando um saco cheio de verdades absolutas. De repente, sua majestade, O Belzebu, tropeçou numa pedra e, numa dessas jogadas do destino, uma das verdades absolutas caiu para fora do saco e ficou lá caída, no meio da estradinha, reluzindo como ouro. Neste exato momento ia passando um simples humano, que avistou quase sem querer aquele tesouro inestimável, e não pensou duas vezes: pegou aquela preciosidade e saiu correndo o mais rápido que pôde com um sorriso imenso estampado no rosto. Enquanto isso, um diabinho que também passava por ali e tinha visto tudo, foi correndo contar para seu mestre o que tinha acontecido: "mestre, mestre! Você não viu? Um humano pegou uma das verdades que caíram do seu saco!". Estranhamente (para o diabinho), o Diabo não deu a mínima e continuou andando. O diabinho atordoado insistiu: "mestre, você não vai correr atrás dele?" mas o Diabo somente balancou a cabeça negativamente. O diabinho sem conseguir se conter, insistiu mais uma vez e perguntou:" Mas porque mestre? foi um humano, um reles humano que pegou a verdade!". O Diabão por fim respondeu ao seu discípulo: " Não tem problema, rapazinho. O máximo que ele vai fazer é fundar uma nova religião".
Homo imbecilóides
É aquele babaca que acredita que somos macacos desenvolvidos, que quer nos fazer acreditar que somos os filhos da faxineira do universo, os merdinhas da escolinha, seres-aí jogados na existência, seres para a morte, desesperados e angustiados, vivendo na periferia do cosmos, uns nadas, uns meeeeeeeeeeeeeeeerdas!Resumindo, é aquele cara que acredita no que a ciência diz. Vejamos:
"O materialismo tem uma visão ateísta da realidade. A chave para a compreensão do mundo é o próprio mundo, não os conceitos produzidos. O conhecimento do mundo é obtido por meio da experiência e da percepção sensorial – é desta forma empírico. A idéia de Deus deve ser rejeitada, pois não tem fundamento na experiência (compreendida como experimento).
Muitos cristãos e humanistas compartilham dessa visão científica do mundo, assumindo o pensamento astronômico moderno do início do universo e da vida. O que diferencia os materialistas é acreditarem que a moderna visão do mundo exclui a idéia de qualquer tipo de criação religiosa. Para eles, tudo o que se pode afirmar com relação à Terra e ao universo é o que a ciência afirma.
Muitos cientistas cristãos baseiam suas pesquisas no chamado ateísmo metódico, próprio do método científico – estudam o mundo e realizam suas pesquisas como se não existisse deus. O ateísmo dos materialistas filosóficos vai além: negam de início a existência de deus".
"O materialismo tem uma visão ateísta da realidade. A chave para a compreensão do mundo é o próprio mundo, não os conceitos produzidos. O conhecimento do mundo é obtido por meio da experiência e da percepção sensorial – é desta forma empírico. A idéia de Deus deve ser rejeitada, pois não tem fundamento na experiência (compreendida como experimento).
Muitos cristãos e humanistas compartilham dessa visão científica do mundo, assumindo o pensamento astronômico moderno do início do universo e da vida. O que diferencia os materialistas é acreditarem que a moderna visão do mundo exclui a idéia de qualquer tipo de criação religiosa. Para eles, tudo o que se pode afirmar com relação à Terra e ao universo é o que a ciência afirma.
Muitos cientistas cristãos baseiam suas pesquisas no chamado ateísmo metódico, próprio do método científico – estudam o mundo e realizam suas pesquisas como se não existisse deus. O ateísmo dos materialistas filosóficos vai além: negam de início a existência de deus".
Homo Religiosos
É o que nós realmente somos. É aquele cara que diz que:
"A religião é compreendida a partir da experiência religiosa e a partir do pressuposto de que tal experiência é significativa para quem a vive. Esta experiência é caracterizada como senso do sagrado – um sentimento ao qual corresponde uma realidade verdadeira. Nas estruturas da religião está o substrato profundo do próprio ser humano. O sagrado é uma experiência primordial, autêntica, enxertada nas dimensões humanas mais profundas, no homo religiosus".
"A religião é compreendida a partir da experiência religiosa e a partir do pressuposto de que tal experiência é significativa para quem a vive. Esta experiência é caracterizada como senso do sagrado – um sentimento ao qual corresponde uma realidade verdadeira. Nas estruturas da religião está o substrato profundo do próprio ser humano. O sagrado é uma experiência primordial, autêntica, enxertada nas dimensões humanas mais profundas, no homo religiosus".
quarta-feira, março 22, 2006
Igor - o playboy
Igor playboy se despede dos lekes na academia do leblon, valeu leke! valeu leke! Amanhã vamos bagunçar na praia, hein! HAHAHA! dá um tchau pra Carolzinha, abaixa a cabeça e vai andando rápido em direção ao seu carro, um volvo que papai lhe deu logo depois dele ter dado perda total no audi. Liga o carro e começa a dirigir pensando nos seus bíceps e tríceps e peitoral e na vitamina de banana e no macarrão que vai comer quando chegar em casa. Junho, julho no máximo ele vai estar um monstro, que nem o Gui e o Kaká, aí sim a Carolzinha vai gostar dele. Chega em casa, abre a porta e vê papai jantando com mamãe ao mesmo tempo em que fala no celular com alguém. Boa noite pessoal, e segue para o seu quarto rápido e sem olhar pros lados. No quarto pensa: - meu pai nem olhou pra mim. Vai pro banho, tira a roupa e fica a olhar pra sua pança flácida, pensando "em junho, julho no máximo essa barriga vai sumir e aí sim a Carolzinha vai ficar comigo e eu vou ficar igual a um monstro que nem o Gui e o Kaká".
Chega na sala de jantar onde papai e mamãe já terminaram de comer e estão a conversar. Faz um prato de peão, uma montanha de macarrão, feijão, banana e bife e começa a engulir tudo sem mastigar. - Come devagar seu merda! - Grita papai. Mamãe se assusta e fala "Iguinho, come devagarzinho, meu amorzinho" e Igor abaixa a cabeça e começa a comer devagar. - Parece que é favelado! comenta seu pai. Igor come em silêncio e tristeza. No fim da janta vai pro quarto e deita na cama. Começa a pensar em seu pai e soca a almofada umas quatro vezes com toda a força. "Papai vai ver, junho, julho no máximo vou ficar um monstro e aí ele não vai mais falar assim comigo e a Carolzinha vai querer ficar comigo e os lekes não vão me dar mais pescotapa". Olha no espelho e vê que seu cabelo já está crescendo, amanhã mesmo ele vai passar a 1 de novo. Se arruma pra ir dormir e joga seu corpo gordo na cama e quando ja está deitado ele pensa: "Amanhã eu vou malhar muito mais do que hoje!", apaga a luz do abajur e vai dormir com um sorriso no seu rosto de débil mental.
Chega na sala de jantar onde papai e mamãe já terminaram de comer e estão a conversar. Faz um prato de peão, uma montanha de macarrão, feijão, banana e bife e começa a engulir tudo sem mastigar. - Come devagar seu merda! - Grita papai. Mamãe se assusta e fala "Iguinho, come devagarzinho, meu amorzinho" e Igor abaixa a cabeça e começa a comer devagar. - Parece que é favelado! comenta seu pai. Igor come em silêncio e tristeza. No fim da janta vai pro quarto e deita na cama. Começa a pensar em seu pai e soca a almofada umas quatro vezes com toda a força. "Papai vai ver, junho, julho no máximo vou ficar um monstro e aí ele não vai mais falar assim comigo e a Carolzinha vai querer ficar comigo e os lekes não vão me dar mais pescotapa". Olha no espelho e vê que seu cabelo já está crescendo, amanhã mesmo ele vai passar a 1 de novo. Se arruma pra ir dormir e joga seu corpo gordo na cama e quando ja está deitado ele pensa: "Amanhã eu vou malhar muito mais do que hoje!", apaga a luz do abajur e vai dormir com um sorriso no seu rosto de débil mental.
terça-feira, março 21, 2006
a poética do devaneio
como sendo nunca antes acabei vendo o que dantes nao eras mais.
acabei por terra mastigado quase defunto
amando os céus como as gaivotas nem imaginam
olhando o além como jesus nunca sonhou
nirvana, aruanda, céu ou inferno
o que dante viu
eu mesmo vivo
uivo
sinto
mas mesmo assim as coisas continuam a vir sobre mim
os pensamentos transbordam mesmo que eu tente fechar a torneira.
os cachorros latindo,
meu pai rindo
e eu indo
não sei bem pra onde mas pra bem longe andar pelas neves e subir montanhas e descansar.
círculos e mais círculos - serão mandalas?
ôpa, ainda não. não está na hora de fazer as malas. quero sim, estar presente nesse momento com os sentidos aguçados. aqui! agora! preste bem atenção! o coração pulsando! o chão! minha casa! minha namorada! minha vida! é isso o que importa, nada mais que não seja o presente.
meu amigo kurosawa disse uma frase que me persegue a todo instante:
"a eternidade se faz aqui e agora!"
salve kurosawa! saravá kurosawa! DER HAI-KUROSAWA!
as vezes sinto que parei no tempo. não sei mais o que fazer e como gastar o tempo. penso se deveria usar meu tempo para causas mais nobres - tipo trabalhar no greenpeace ou então fazer um filme ou então voltar a tirar fotos mas algo me diz e daí? quem se importa? é sério! parece piada mas não é mas eu juro que se tivesse um movimento uma causa nobre eu entrava de cabeça. fora meu equipamento de escalada eu abdicava de tudo... já viu coisa mais insensata do que ir trabalhar no centro da cidade de carro???????? todos deveriam ir ou de ônibus ou de metro para o trabalho.
benefícios:
- economia da gasolina e dos recursos naturais.
- com menos carros nas ruas automaticamente menos transito.
- menos carros, menos poluição.
...
ah quer saber? to saindo depois nos falamos...
acabei por terra mastigado quase defunto
amando os céus como as gaivotas nem imaginam
olhando o além como jesus nunca sonhou
nirvana, aruanda, céu ou inferno
o que dante viu
eu mesmo vivo
uivo
sinto
mas mesmo assim as coisas continuam a vir sobre mim
os pensamentos transbordam mesmo que eu tente fechar a torneira.
os cachorros latindo,
meu pai rindo
e eu indo
não sei bem pra onde mas pra bem longe andar pelas neves e subir montanhas e descansar.
círculos e mais círculos - serão mandalas?
ôpa, ainda não. não está na hora de fazer as malas. quero sim, estar presente nesse momento com os sentidos aguçados. aqui! agora! preste bem atenção! o coração pulsando! o chão! minha casa! minha namorada! minha vida! é isso o que importa, nada mais que não seja o presente.
meu amigo kurosawa disse uma frase que me persegue a todo instante:
"a eternidade se faz aqui e agora!"
salve kurosawa! saravá kurosawa! DER HAI-KUROSAWA!
as vezes sinto que parei no tempo. não sei mais o que fazer e como gastar o tempo. penso se deveria usar meu tempo para causas mais nobres - tipo trabalhar no greenpeace ou então fazer um filme ou então voltar a tirar fotos mas algo me diz e daí? quem se importa? é sério! parece piada mas não é mas eu juro que se tivesse um movimento uma causa nobre eu entrava de cabeça. fora meu equipamento de escalada eu abdicava de tudo... já viu coisa mais insensata do que ir trabalhar no centro da cidade de carro???????? todos deveriam ir ou de ônibus ou de metro para o trabalho.
benefícios:
- economia da gasolina e dos recursos naturais.
- com menos carros nas ruas automaticamente menos transito.
- menos carros, menos poluição.
...
ah quer saber? to saindo depois nos falamos...
madalena - a entregadora de jornais
(enquanto isso na cidade de deus...)
- mãe! tô com fome!
- guenta só um pouco tá que mamãe já tá fazendo a comidinha.
- mãe! tô com fome!
- a comida tá quase pronta orlandinho! espera só mais um pouquinho tá?
- mãe! tô com fome! mãe! tô com fome!
mulher guerreira essa, trabalha no jornal o globo como entregadora e todo dia acorda as 2 da manhã pra entregar jornal no jardim botânico; mora na cidade de deus com seu filho de 6 anos que tem esquizofrenia, seu marido que é motorista de ônibus e sua tia-avó com seus 80 anos já meio cega que quando precisa, toma conta de seu filho.
orlandinho estava brincando com seu cachorro esperando a comida ficar pronta quando madalena se lembrou que estava devendo ao cara do açougue. ele tinha falado que tinha que ter pago ontem mas valdir teve que dobrar no trabalho e não pôde passar no açougue para pagar. madalena então resolveu ligar pro valdir pra lembrá-lo de passar no açougue quando estiver voltando pra casa.
- oi amor! (pausa) lembra que estamos devendo ao açougue? (pausa) amor não fale assim comigo... (soluços e mais soluços e mais lágrimas).
orlandinho ao mesmo tempo que estava brincando com o cachorro estava prestando atenção na conversa da sua mãe com seu pai e mais uma vez sabe o que vai acontecer. valdir sempre bebe e cheira e fica devendo a deus e o mundo - ainda mais puto do jeito que deve ter ficado com a notícia - e quando chega em casa espanca a mãe e depois mete a pica na tia avó dela ao mesmo tempo que manda orlandinho ficar lambendo seu saco. orlandinho que estava brincando com o cachorro coloca o piru já duro pra fora e começa a comer o cachorro. a mãe assustada com aquilo fala com o valdir:
- valdir! o nosso filho está comendo o cachorro!!!!! (longa pausa)
madalena começa a dar uns tapas em orlandinho pra ele largar o cachorro mas é em vão...
- valdir, o que eu faço??????!!!!! (longa pausa)
orlandinho ainda metendo começa a esganar o cachorro e a meter a porrada nele. larga o cachorro e pega a vassoura da cozinha e começa a enfiar no cu do cachorro até matar. madalena vê o sangue espalhado pela cozinha toda e fala o que aconteceu pro valdir. o telefone fica mudo e cai a ligação; logo depois ela tenta ligar pro valdir de novo mas o telefone dá fora de área.
madalena deixa cair o telefone na cozinha, junto com ele ela vai caindo abraçando o pé da mesa da cozinha chorando com soluços intensos. ela pega a toalha de pano de prato e limpando os olhos de lágrimas fica olhando soluçando pro sangue espalhado pela sala e pro garoto com o cabo da vassoura na mão falando pro cachorro: "vai latino, vai pegar o pauzinho.... levanta latino, vai pegar o pauzinho!!!! latino, não está me ouvindo?? vai pegar o pauzinho!!!"
(...)
- mãe! tô com fome!
- guenta só um pouco tá que mamãe já tá fazendo a comidinha.
- mãe! tô com fome!
- a comida tá quase pronta orlandinho! espera só mais um pouquinho tá?
- mãe! tô com fome! mãe! tô com fome!
mulher guerreira essa, trabalha no jornal o globo como entregadora e todo dia acorda as 2 da manhã pra entregar jornal no jardim botânico; mora na cidade de deus com seu filho de 6 anos que tem esquizofrenia, seu marido que é motorista de ônibus e sua tia-avó com seus 80 anos já meio cega que quando precisa, toma conta de seu filho.
orlandinho estava brincando com seu cachorro esperando a comida ficar pronta quando madalena se lembrou que estava devendo ao cara do açougue. ele tinha falado que tinha que ter pago ontem mas valdir teve que dobrar no trabalho e não pôde passar no açougue para pagar. madalena então resolveu ligar pro valdir pra lembrá-lo de passar no açougue quando estiver voltando pra casa.
- oi amor! (pausa) lembra que estamos devendo ao açougue? (pausa) amor não fale assim comigo... (soluços e mais soluços e mais lágrimas).
orlandinho ao mesmo tempo que estava brincando com o cachorro estava prestando atenção na conversa da sua mãe com seu pai e mais uma vez sabe o que vai acontecer. valdir sempre bebe e cheira e fica devendo a deus e o mundo - ainda mais puto do jeito que deve ter ficado com a notícia - e quando chega em casa espanca a mãe e depois mete a pica na tia avó dela ao mesmo tempo que manda orlandinho ficar lambendo seu saco. orlandinho que estava brincando com o cachorro coloca o piru já duro pra fora e começa a comer o cachorro. a mãe assustada com aquilo fala com o valdir:
- valdir! o nosso filho está comendo o cachorro!!!!! (longa pausa)
madalena começa a dar uns tapas em orlandinho pra ele largar o cachorro mas é em vão...
- valdir, o que eu faço??????!!!!! (longa pausa)
orlandinho ainda metendo começa a esganar o cachorro e a meter a porrada nele. larga o cachorro e pega a vassoura da cozinha e começa a enfiar no cu do cachorro até matar. madalena vê o sangue espalhado pela cozinha toda e fala o que aconteceu pro valdir. o telefone fica mudo e cai a ligação; logo depois ela tenta ligar pro valdir de novo mas o telefone dá fora de área.
madalena deixa cair o telefone na cozinha, junto com ele ela vai caindo abraçando o pé da mesa da cozinha chorando com soluços intensos. ela pega a toalha de pano de prato e limpando os olhos de lágrimas fica olhando soluçando pro sangue espalhado pela sala e pro garoto com o cabo da vassoura na mão falando pro cachorro: "vai latino, vai pegar o pauzinho.... levanta latino, vai pegar o pauzinho!!!! latino, não está me ouvindo?? vai pegar o pauzinho!!!"
(...)
Eduardo - O "Filósofo"
Acordo atrasado. cansado. deprimido. Hoje não fui nadar, estava cansado. deprimido. atrasado. E finalmente recomeço a pensar, a respirar com a mente. Agora só paro quando dormir de novo. Ou nem isso. Posso ficar a noite inteira pensando e sonhando...Sei que ontem descobri uma coisa interessante: que tenho dor de cabeça desde que nasci. Eu só não tinha me dado conta disso. Eu era como um peixe que vive sua vida toda e não chega a perceber que viveu este tempo todo na água, pois jamais pôde estar fora da água para se dar conta disso...Me sinto cansado. "Teu mapa é um Booom!" disse o astrólogo, mas eu só sinto preguiça. "A lua em gêmeos não sente, ela pensa". Quem está pensando aqui? eu? Certo, eu me rendo, só o que sinto é um profundo cansaço. O resto é pensamento. Touché. Levanto e penso: mais um dia. Ai que saco. Tomo banho e penso: mais um dia. Mas que saco. Visto a minha roupa e vou pro trabalho fazer o que um homem precisa fazer. Ganhar dinheiro para sobreviver. Bom dia, pessoal. Cadê o playboy? Qualquer dia desses vou soltar toda a minha raiva acumulada durante 25 anos socando a cara dele até ele apagar. Vou almoçar. Ai que saco. Almoço. Mas que saco. "Acho que vou voltar a fumar" penso, mas sei que não vai adiantar nada, só me dar mais cansaço e preguiça. É vero. Veritas. Qui est veritas? Minha cabeça pesa 50 quilos. Penso no destino e na verdade da vida enquanto minha dor de cabeça tenta me jogar de volta pra mãe terra. Cansado. Preciso fazer algo a respeito disso. Mas o quê meu Deus? Talvez Luis Capucho possa me dizer. Ou o Sr.Leo poeta. Sei lá. Acho que preciso conversar. E fumar um cigarro. Marlboro. Ou Lucky Strike. Tanto faz.
sábado, março 18, 2006
valdir - o motorista de ônibus
tchhh tchhhh tchhhhh fommmmmm fommmmmmmm!!!!
- ah vá se fudê seu bosta!
piiiiiii.
- é nesse agora?
- é!
- valeu motor!
"valeu o caralho seu merda." pensou valdir. o trânsito do parque laje até o hospital da lagoa hoje estava fora do normal - andava 1 metro a cada 10 minutos - e o asfalto estava parecendo magma. o suor descia pelo rosto encharcando sua camisa e uma mosca varejeira estava desde botafogo querendo entrar no seu ouvido. toc toc toc. valdir olhou pra porta da frente e uma cabeça iluminada à luz do sol ofuscou seus olhos. ele abriu a porta e uma doce velhinha subiu no ônibus.
- obrigado motorista. posso ficar aqui na frente?
- lógico minha doce sehhorinha.
acelerou e saiu arrancando passando as marchas freneticamente e se a velhinha não tivesse se agarrado à roleta ela teria voado pela porta da frente ainda aberta. o termômetro da rua jardim botânico marcava 38 graus e o 179 estava lotado nessa manhã de sexta-feira. todos no ônibus fitavam o avatar no vidro atrás do motorista com o são jorge matando o dragão. o celular do valdir tocou. ele atendeu passando rasgando os sinais vermelhos com apitos de guardas e fodam-se todos.
"sim fala! (pausa) mas eu já te falei mil vezes porra! o que eu posso fazer! to trabalhando pra caralho, to desde ontem nessa porra e já to dobrando hoje! o que mais vc quer que eu faça? (pausa) o quê? o que ele está fazendo? faz alguma coisa madalena! sou sempre eu que tenho que resolver tudo? tá me achando com cara de atlas?" - valdir jamais se esquecera da figura do atlas carregando o globo em suas costas na capa de um livro em um sebo na rua da carioca - "ô madalena, que barulheira é essa de cachorro aí atrás??? (grande pausa)" o ônibus estava chegando no túnel zuzu angel e valdir depois de escutar algo que o deixou com os olhos arregalados pegou o telefone e zuniu pela janela. a velhinha olhou para valdir também com os olhos arregalados e ele olhou pra ela e disse: "é minha senhora, quanto mais eu rezo mais assombração me aparece". a mosca varejeira conseguiu nesse exato momento entrar em seu ouvido e ele na tentativa de tirar o bicho de lá perdeu o controle da direção por um momento e fechou um cara que tava passando com um alfa romeu. o cara freiou bruscamente - sons de freios e buzinas ecoaram pelo túnel - e valdir conseguiu tirar a mosca de seu ouvido. a sineta da parada do ônibus começou a tocar - era a garotada da escola pública brincando e fazendo algazarra dentro do ônibus. o cara do alfa romeu passou ao lado do ônibus e buzinou e buzinou e buzinou e sinetas do ônibus e gargalhadas e buzinou e parou bem ao lado do ônibus e abaixou o vidro. valdir olhou pro cara e o cara olhou pro valdir com seu óculos ray ban e falou em alto e bom som: "seu arrombado de merda! vai tomar no cú!". aí então algo aconteceu: valdir olhou pra frente e ficou apático por alguns segundos. a velinha ficou fitando bem valdir. seu rosto ficou pálido; parecia que todas as forças dele tinham ido embora e com um olhar vago semi morimbundo ficou parado olhando sem piscar para a luz lá na frente do túnel. o cara do alfa romeu fechou o ônibus e fez aquele clássico sinal com a mão que representa uma piroca. valdir ficou olhando para frente e pra mão em forma de piroca com a boca aberta ainda sem piscar com as pálpebras meio caídas sem vida alguma, uma cena realmente triste de se ver. a velinha continuou olhando pro valdir com cara de assustada quando ela reparou que a mão de valdir começou a tremer. ele tirou de seu bolso uma bombinha de asma e deu uma bombada. valdir então começou a gargalhar, a uivar e a espumar...
...
- ah vá se fudê seu bosta!
piiiiiii.
- é nesse agora?
- é!
- valeu motor!
"valeu o caralho seu merda." pensou valdir. o trânsito do parque laje até o hospital da lagoa hoje estava fora do normal - andava 1 metro a cada 10 minutos - e o asfalto estava parecendo magma. o suor descia pelo rosto encharcando sua camisa e uma mosca varejeira estava desde botafogo querendo entrar no seu ouvido. toc toc toc. valdir olhou pra porta da frente e uma cabeça iluminada à luz do sol ofuscou seus olhos. ele abriu a porta e uma doce velhinha subiu no ônibus.
- obrigado motorista. posso ficar aqui na frente?
- lógico minha doce sehhorinha.
acelerou e saiu arrancando passando as marchas freneticamente e se a velhinha não tivesse se agarrado à roleta ela teria voado pela porta da frente ainda aberta. o termômetro da rua jardim botânico marcava 38 graus e o 179 estava lotado nessa manhã de sexta-feira. todos no ônibus fitavam o avatar no vidro atrás do motorista com o são jorge matando o dragão. o celular do valdir tocou. ele atendeu passando rasgando os sinais vermelhos com apitos de guardas e fodam-se todos.
"sim fala! (pausa) mas eu já te falei mil vezes porra! o que eu posso fazer! to trabalhando pra caralho, to desde ontem nessa porra e já to dobrando hoje! o que mais vc quer que eu faça? (pausa) o quê? o que ele está fazendo? faz alguma coisa madalena! sou sempre eu que tenho que resolver tudo? tá me achando com cara de atlas?" - valdir jamais se esquecera da figura do atlas carregando o globo em suas costas na capa de um livro em um sebo na rua da carioca - "ô madalena, que barulheira é essa de cachorro aí atrás??? (grande pausa)" o ônibus estava chegando no túnel zuzu angel e valdir depois de escutar algo que o deixou com os olhos arregalados pegou o telefone e zuniu pela janela. a velhinha olhou para valdir também com os olhos arregalados e ele olhou pra ela e disse: "é minha senhora, quanto mais eu rezo mais assombração me aparece". a mosca varejeira conseguiu nesse exato momento entrar em seu ouvido e ele na tentativa de tirar o bicho de lá perdeu o controle da direção por um momento e fechou um cara que tava passando com um alfa romeu. o cara freiou bruscamente - sons de freios e buzinas ecoaram pelo túnel - e valdir conseguiu tirar a mosca de seu ouvido. a sineta da parada do ônibus começou a tocar - era a garotada da escola pública brincando e fazendo algazarra dentro do ônibus. o cara do alfa romeu passou ao lado do ônibus e buzinou e buzinou e buzinou e sinetas do ônibus e gargalhadas e buzinou e parou bem ao lado do ônibus e abaixou o vidro. valdir olhou pro cara e o cara olhou pro valdir com seu óculos ray ban e falou em alto e bom som: "seu arrombado de merda! vai tomar no cú!". aí então algo aconteceu: valdir olhou pra frente e ficou apático por alguns segundos. a velinha ficou fitando bem valdir. seu rosto ficou pálido; parecia que todas as forças dele tinham ido embora e com um olhar vago semi morimbundo ficou parado olhando sem piscar para a luz lá na frente do túnel. o cara do alfa romeu fechou o ônibus e fez aquele clássico sinal com a mão que representa uma piroca. valdir ficou olhando para frente e pra mão em forma de piroca com a boca aberta ainda sem piscar com as pálpebras meio caídas sem vida alguma, uma cena realmente triste de se ver. a velinha continuou olhando pro valdir com cara de assustada quando ela reparou que a mão de valdir começou a tremer. ele tirou de seu bolso uma bombinha de asma e deu uma bombada. valdir então começou a gargalhar, a uivar e a espumar...
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quinta-feira, março 16, 2006
"Esquizofrenia" ou "Identificação objetal"
Ninguém nos avisou que arrombar as portas da perçepção é algo perigoso. Normalmente não se segura o tranco. Não é pra menos. O tranco é forte. No mar onde os místicos nadam, os drogados afundam e não diferenciam mais nada. Só padecem.
Vive-se uma completa falta de sentido. Corajoso daquele que espalha para todos que está em crise. A maioria de nós apenas vive seu desespero quietinho no canto mais familiar de suas vidas, como os ingleses fazem, rezando para que ninguém descubra que somos completamente pirados e nos coloquem no pinel. Todo mundo em crise. Este deveria ser o slogan, senão do país inteiro, pelo menos da minha geração. Somos filhos do niilismo e do desespero da falta de referências, pois a ordem era destruir a tradição. Jogaram uma bomba atômica na metafísica e agora querem viver das cinzas (ou de capoeira). Agora somos seres jogados no nada, sem qualquer tipo de revolução política para confortar nosso pavor diante da falta de sentido de tudo. Não temos mais esta ilusão. A solução não é mais pegarmos em armas, mas cada um, individualmente, fazer sua própria revolução espiritual. Como já diria Tyler Durdeen, "nós não temos uma grande depressão ou grande guerra. Nossa grande guerra é uma guerra espiritual e nossa grande depressão são as nossas vidas." Assim seja.
Não há mais lugar pra crises neste mundo, caro amigo. Estão todos dormindo e não querem ser acordados. Não querem sair da caverna, e certamente te matariam caso você quisesse realmente desacorrentá-los e puxá-los para fora de sua amada rotina. Mas porque não conseguimos dormir também? Pode esquecer as caixas e mais caixas de Lexotan, Frontal, Rivotril e mais quantos remédios você quiser incluir neste coquetel de ilusões. Estes não fazem mais efeito.
O que faz efeito então? Esqueça psicólogos, psiquiatras...Tudo está escrito nos livros. Tudo está dito na mitologia. Na filosofia. Na astrologia. Os grandes sábios sabiam do que estavam falando. Procure um sentido no fundo do seu coração e de sua mente pois é lá e somente lá que pode-se encontrar a solução do problema que você próprio criou. A esfinge mora dentro da tua cabeça, amigo. Decifra-te ou devora-te. Conhece-te a ti mesmo. Está na hora de crescer, caro édipo com síndrome de peter pan...A vida é sofrimento e você não pode decidir largá-la assim. Somos homens e temos que lutar como homens. Você crê que vive em dois mundos mas isso é só vaidade.
Você é um homem e deve viver como um homem satisfeito.
Talvez um psiquiatra ou terapeuta possa te ajudar a olhar lá dentro, como um sacerdote que ajuda o menino a passar pelo rito de iniciação. O que é certo é que está na hora de crescer e assumir todas as dimensões de sua vida. E tenho fé que do fundo do seu ser nascerá coisas verdadeiramente maravilhosas.
Vive-se uma completa falta de sentido. Corajoso daquele que espalha para todos que está em crise. A maioria de nós apenas vive seu desespero quietinho no canto mais familiar de suas vidas, como os ingleses fazem, rezando para que ninguém descubra que somos completamente pirados e nos coloquem no pinel. Todo mundo em crise. Este deveria ser o slogan, senão do país inteiro, pelo menos da minha geração. Somos filhos do niilismo e do desespero da falta de referências, pois a ordem era destruir a tradição. Jogaram uma bomba atômica na metafísica e agora querem viver das cinzas (ou de capoeira). Agora somos seres jogados no nada, sem qualquer tipo de revolução política para confortar nosso pavor diante da falta de sentido de tudo. Não temos mais esta ilusão. A solução não é mais pegarmos em armas, mas cada um, individualmente, fazer sua própria revolução espiritual. Como já diria Tyler Durdeen, "nós não temos uma grande depressão ou grande guerra. Nossa grande guerra é uma guerra espiritual e nossa grande depressão são as nossas vidas." Assim seja.
Não há mais lugar pra crises neste mundo, caro amigo. Estão todos dormindo e não querem ser acordados. Não querem sair da caverna, e certamente te matariam caso você quisesse realmente desacorrentá-los e puxá-los para fora de sua amada rotina. Mas porque não conseguimos dormir também? Pode esquecer as caixas e mais caixas de Lexotan, Frontal, Rivotril e mais quantos remédios você quiser incluir neste coquetel de ilusões. Estes não fazem mais efeito.
O que faz efeito então? Esqueça psicólogos, psiquiatras...Tudo está escrito nos livros. Tudo está dito na mitologia. Na filosofia. Na astrologia. Os grandes sábios sabiam do que estavam falando. Procure um sentido no fundo do seu coração e de sua mente pois é lá e somente lá que pode-se encontrar a solução do problema que você próprio criou. A esfinge mora dentro da tua cabeça, amigo. Decifra-te ou devora-te. Conhece-te a ti mesmo. Está na hora de crescer, caro édipo com síndrome de peter pan...A vida é sofrimento e você não pode decidir largá-la assim. Somos homens e temos que lutar como homens. Você crê que vive em dois mundos mas isso é só vaidade.
Você é um homem e deve viver como um homem satisfeito.
Talvez um psiquiatra ou terapeuta possa te ajudar a olhar lá dentro, como um sacerdote que ajuda o menino a passar pelo rito de iniciação. O que é certo é que está na hora de crescer e assumir todas as dimensões de sua vida. E tenho fé que do fundo do seu ser nascerá coisas verdadeiramente maravilhosas.
segunda-feira, março 13, 2006
"dudu doença"
De Antônio, lembro-me bem do olhar. Olhar arregalado, olhar alucinado, olhar curioso, vivo, agoniado. Drogado. Antonio te olhava com uma pergunta. Antônio te olhava no fundo do olho. Antônio te olhava procurando por um parceiro de loucura, um companheiro que sentisse todo o espanto, êxtase e desespero de estar verdadeiramente vivo. Era um olhar intenso. Mas não era um olhar intimidador. Pelo menos ele não me intimidava, pois eu sentia que seu olhar não era de crítica, mas de pura curiosidade. Infantil. Antônio procurava por pessoas como ele, pessoas vivas, angustiadas, agoniadas e espantadas com a vida. Caso contrário, ele simplesmente não se interessava. Para Antônio as pessoas "normais" estavam mortas, ou simplesmente não faziam parte de seu mundo. Ele simplesmente não entendia.
"A diferença entre depressão e sabedoria é ínfima" já dizia o único filósofo que conheci. Acho que Antônio estava deprimido. Antônio não era filósofo. Antônio era místico. Antônio era descaralhado. Antônio era uma criança vivendo no corpo de um adulto. Antônio era uma criança brincando de louco.
Outro dia conheci um cara que tinha o mesmo olhar de Antônio. Igualzinho. Me foi apresentado como Bebê, e deve ter seus 60 anos, um pouco mais velho que Antônio quando morreu.
Sonhei hoje que estávamos em Mauá, eu, Verme, Daniel. Talvez Antônio estivesse também. Ou talvez eu esteja só forçando a barra. De qualquer forma, estávamos num platô no alto de uma montanha e tinha um grupo fumando maconha e atrás de nós tinha um cara velho com cabelo branco, liso e comprido, em pé, parado, vestindo uma espécie de batina preta e conjurando umas palavras de magia negra, invocando forças da natureza e soltando pragas para sei lá quem, e as pessoas da roda comentavam: olha, o bispo taí. Era o bispo de Mauá, uma figura conhecida de lá, meio mística, meio sinistra. Sei que foi um sonho estranho.
"A diferença entre depressão e sabedoria é ínfima" já dizia o único filósofo que conheci. Acho que Antônio estava deprimido. Antônio não era filósofo. Antônio era místico. Antônio era descaralhado. Antônio era uma criança vivendo no corpo de um adulto. Antônio era uma criança brincando de louco.
Outro dia conheci um cara que tinha o mesmo olhar de Antônio. Igualzinho. Me foi apresentado como Bebê, e deve ter seus 60 anos, um pouco mais velho que Antônio quando morreu.
Sonhei hoje que estávamos em Mauá, eu, Verme, Daniel. Talvez Antônio estivesse também. Ou talvez eu esteja só forçando a barra. De qualquer forma, estávamos num platô no alto de uma montanha e tinha um grupo fumando maconha e atrás de nós tinha um cara velho com cabelo branco, liso e comprido, em pé, parado, vestindo uma espécie de batina preta e conjurando umas palavras de magia negra, invocando forças da natureza e soltando pragas para sei lá quem, e as pessoas da roda comentavam: olha, o bispo taí. Era o bispo de Mauá, uma figura conhecida de lá, meio mística, meio sinistra. Sei que foi um sonho estranho.
sexta-feira, março 10, 2006
"encontro nupcial de nuvens" - in memorian
papai morreu.
o chamava de verme-mor, o punk-budista pos-moderno.
cagava pras convensoes e nem pensava no significado de ir ao montana grill com camisa rasgada.
no enterro ao ver aquele pedaco de carne podre dentro do caixao comecei a rir e pensar que se ele estivesse em algum lugar naquele momento estaria rindo pra caralho da nossa cara com o violao na mao e fumando um mega baseado.
ele queria ser cremado, e ao jogar as cinzas dele no rio preto em visconde de mauá queria que eu e meus amigos acendêssemos um baseadão para a despedida - esse era o testamento definitivo. os testamentos alternativos eram: ele queria que eu cheirasse suas cinzas, ele dizia que daria mó onda (pó[de] viciado); ou então queria que eu fumasse o pó. enfim, ele não pôde ser cremado e lá fomos nós para aquele ritual fúnebre patético de enterrar pedaços de carne e deixá-los à degustação dos vermes. putz, que ritual bizarro!
sempre quando ligava pra casa dele e ninguem atendia eu já achava que tinha chegado a hora, mas não, era sempre alarme falso. dessa vez estávamos eu e renata na ilha grande quando acordei no dia de ir embora (sexta-feira) e ela me falou: "sonhei que seu pai tinha morrido e você não quis me contar". eu falei rindo: "vai ver que morreu mesmo". no sabado a noite liguei pra casa dele e ninguem atendeu. "lógico né gabriel, defuntos além do filme ghost não atendem telefones....". e eu na segunda indo pro trabalho fiquei pensando: "sempre desejei a morte do meu pai, será que se ele morrer vou me sentir culpado?". só quem conviveu com ele sabe o porque deu desejar a morte dele - não sou um cara mal .... (pelo menos eu acho que não).
enfim, antônio morreu. não se sabe ao certo o dia nem a hora - quem se importa com um alcólatra e viciadinho de pó na emergência de um hospital? não chorei, tremi trimiliques intensos. se eu fumasse ainda teria fumado 50000000000000000 cigarros. liguei para todas as pessoas que já tiveram alguma ligação com ele e estavam na minha lista de contatos do celular.
para todos eu falava: "VERME-MOR MORREU" ou "O GRANDE VERME MORREU"
e todos: "ÓHHHHH." bla bla bla
voltando da taquara de ônibus o que mais me emocionou foi pensar que eu nunca mais escutaria as músicas dele. ele sempre me falava "pô gabriel, vocÊ tem que aprender minha músicas ... e se eu morrer?" é pai, vc morreu e as músicas se foram. sei todas as melodias aqui na minha cabeça mas ....
é, foi barra.
depois do enterro, bebemos um engradado de cerveja no plebeu em botafogo e na cabeceira da mesa deixamos um cigarro aceso e um copo cheio, "garçon, não mecha nesse copo, é o copo do antônio!" disse o alexandre. rimos e contamos as historias que lembravamos dele e que eram as mais engracadas. acho que ele ficaria feliz com um enterro desses, muito mais do que choros e melancolias ...
ontem a noite antes de dormir ele estava aqui em casa. ficou me azucrinando e rindo deu ficar assustado com a presença dele. pedi pra ele não fazer aquilo pq eu estava ficando com medo e queria dormir. pedi pra ele ir pra luz e nao ficar aqui zanzando na terra. "o que vc quer aqui mermão! vai descansar! eu te amo! mas vai nessa!" ele parou e acordei hoje de manha com a luz do abajur acesa.....
o chamava de verme-mor, o punk-budista pos-moderno.
cagava pras convensoes e nem pensava no significado de ir ao montana grill com camisa rasgada.
no enterro ao ver aquele pedaco de carne podre dentro do caixao comecei a rir e pensar que se ele estivesse em algum lugar naquele momento estaria rindo pra caralho da nossa cara com o violao na mao e fumando um mega baseado.
ele queria ser cremado, e ao jogar as cinzas dele no rio preto em visconde de mauá queria que eu e meus amigos acendêssemos um baseadão para a despedida - esse era o testamento definitivo. os testamentos alternativos eram: ele queria que eu cheirasse suas cinzas, ele dizia que daria mó onda (pó[de] viciado); ou então queria que eu fumasse o pó. enfim, ele não pôde ser cremado e lá fomos nós para aquele ritual fúnebre patético de enterrar pedaços de carne e deixá-los à degustação dos vermes. putz, que ritual bizarro!
sempre quando ligava pra casa dele e ninguem atendia eu já achava que tinha chegado a hora, mas não, era sempre alarme falso. dessa vez estávamos eu e renata na ilha grande quando acordei no dia de ir embora (sexta-feira) e ela me falou: "sonhei que seu pai tinha morrido e você não quis me contar". eu falei rindo: "vai ver que morreu mesmo". no sabado a noite liguei pra casa dele e ninguem atendeu. "lógico né gabriel, defuntos além do filme ghost não atendem telefones....". e eu na segunda indo pro trabalho fiquei pensando: "sempre desejei a morte do meu pai, será que se ele morrer vou me sentir culpado?". só quem conviveu com ele sabe o porque deu desejar a morte dele - não sou um cara mal .... (pelo menos eu acho que não).
enfim, antônio morreu. não se sabe ao certo o dia nem a hora - quem se importa com um alcólatra e viciadinho de pó na emergência de um hospital? não chorei, tremi trimiliques intensos. se eu fumasse ainda teria fumado 50000000000000000 cigarros. liguei para todas as pessoas que já tiveram alguma ligação com ele e estavam na minha lista de contatos do celular.
para todos eu falava: "VERME-MOR MORREU" ou "O GRANDE VERME MORREU"
e todos: "ÓHHHHH." bla bla bla
voltando da taquara de ônibus o que mais me emocionou foi pensar que eu nunca mais escutaria as músicas dele. ele sempre me falava "pô gabriel, vocÊ tem que aprender minha músicas ... e se eu morrer?" é pai, vc morreu e as músicas se foram. sei todas as melodias aqui na minha cabeça mas ....
é, foi barra.
depois do enterro, bebemos um engradado de cerveja no plebeu em botafogo e na cabeceira da mesa deixamos um cigarro aceso e um copo cheio, "garçon, não mecha nesse copo, é o copo do antônio!" disse o alexandre. rimos e contamos as historias que lembravamos dele e que eram as mais engracadas. acho que ele ficaria feliz com um enterro desses, muito mais do que choros e melancolias ...
ontem a noite antes de dormir ele estava aqui em casa. ficou me azucrinando e rindo deu ficar assustado com a presença dele. pedi pra ele não fazer aquilo pq eu estava ficando com medo e queria dormir. pedi pra ele ir pra luz e nao ficar aqui zanzando na terra. "o que vc quer aqui mermão! vai descansar! eu te amo! mas vai nessa!" ele parou e acordei hoje de manha com a luz do abajur acesa.....
quarta-feira, março 08, 2006
"Lula vai salvar o Brasil" ou "O que importa?"
Desejos por trás de desejos por detrás de outros desejos e onde está a verdade!?! Pensamentos que se encadeiam em outros pensamentos que não significam nada ao mesmo tempo em que podem significar tudo. Mas e daí? Explicações também nunca explicaram nada, já dizia vóvó! Onde está a verdade? O que resta? Sensação. Tédio. Quero dormir sem sonhar para não começar mais uma vez a interpretar e lá vamos nós de novo nesta montanha russa circular...E se eu saltasse? O que eu faria? Sei que não me pagam pra escrever aqui. E me pagam pra quê? Porquês não explicam nada, nem eu sei o que eu estou fazendo aqui. Sei que estou sendo pago. E só. Por isso venho para cá. Para onde mais eu iria? Um dia desses eles também acabam se perguntando: O que ele está fazendo aqui? E então finalmente vou embora para mais uma vez tentar procurar mais alguma coisa pra fazer e ganhar algum dinheiro...E mais uma vez eu me pergunto, pra que? Infinitas possibilidades e eu aqui...Falta de imaginação? Quem sabe...Talvez exista algo de interessante a se fazer neste mundo, mas continuo com preguiça de procurar. Haja Karma pra tanta circularidade! Quem sabe o destino não reservou algo de mágico para hoje e eu aqui a pensar: "nada acontece"...
"O suicídio está na moda lá na alemanha" ouvi uma vez de alguém que poderia ser o fundador e presidente supremo e eterno desta Crise Neo Under Tao. Seria viver em crise a única maneira de realmente se viver? eu me pergunto sinceramente, e logo me respondo: talvez. In memorian, sabemos para quem. Descanse em paz.
"O suicídio está na moda lá na alemanha" ouvi uma vez de alguém que poderia ser o fundador e presidente supremo e eterno desta Crise Neo Under Tao. Seria viver em crise a única maneira de realmente se viver? eu me pergunto sinceramente, e logo me respondo: talvez. In memorian, sabemos para quem. Descanse em paz.
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
MORTE AO KUROSAWA
caraca mermão, você está se superando! não posso ficar sem escrever aqui que o cara entra nessa onda .... po, to sem o minimo saco de escrever e sem a minima inspiracao. to me reciclando .... se eu escrever hoje vou escrever aquelas merdas de sempre .... nao quero mais escrever daquele jeito. to achando um saco. quero arrumar um outro caminho pra escrita ou entao deixá-la de lado e foda-se. to vivendo mais que escrevendo. to tentando deixar de lado essas "crises" e também não quero escrever sobre a felicidade, no momento to preferindo vivenciá-la sem teorizar sobre ela.
to passando um momento de transicao. vou pra ilha grande com a renata passar 9 dias lá. quero ficar relax fumando maconha, mergulhando, fazendo trilhas e tomando agua de coco. e fodam-se as crises!
nao sou escritor e nao vou ganhar a vida com isso aqui. isso aqui é simplesmente minha válvula de escape. mas no momento nao tenho nada pra por pra fora - tenho feito fotossintese ....
sempre tivemos um conexao e acredito que sempre teremos. to lendo o mil e uma noites - que alias é um dos mais fabulosos livros que já li! - e lá está sempre escrito que as sultanas chifram os seus maridos com vários negões e sempre me lembro de tu nessa hora ... quando li o livro do marcelo gleiser "a dança do universo" sempre queria que vc estivesse lendo ele tb ... me deu sequencias e mais sequencias de pancadoes! mas porra! é assim mesmo brow ... vc bem sabe disso muito bem .... to namorando e quando namoro fico mais na minha mesmo ... e tb, po, já te pedi algumas vezes pra irmos pra sua casa de petrô pra ficarmos que nem felizes burgueses lá com nossas namoradas tomando vinhozinho e vc fica embairrerando .... sei lá por que ... alias até desconfio os pensamentos do kurosawa "po será que minha namorada vai se sentir a vontade com os dois? será que EU vou me sentir a vontade com a situação?" - ah mermão! foda-se! porra picininha burguesa é show! favela é uma merda mesmo! rocinha é uma bosta! desmatamento e poluicao tb! trafico de drogas é uma merda! e pobreza X riqueza é a coisa mais pobre que perdura nessa terra de merda!
estou no jardim do eden no momento amarradao. e toda serpente que tá aparecendo na área to metendo a porrada!
e antes que eu me esqueça: ora, vá se fuder sua bichona carente!
e de novo: é isso leitores (se é que existem) o papo aqui é A e B mesmo! vão se fuder!
to passando um momento de transicao. vou pra ilha grande com a renata passar 9 dias lá. quero ficar relax fumando maconha, mergulhando, fazendo trilhas e tomando agua de coco. e fodam-se as crises!
nao sou escritor e nao vou ganhar a vida com isso aqui. isso aqui é simplesmente minha válvula de escape. mas no momento nao tenho nada pra por pra fora - tenho feito fotossintese ....
sempre tivemos um conexao e acredito que sempre teremos. to lendo o mil e uma noites - que alias é um dos mais fabulosos livros que já li! - e lá está sempre escrito que as sultanas chifram os seus maridos com vários negões e sempre me lembro de tu nessa hora ... quando li o livro do marcelo gleiser "a dança do universo" sempre queria que vc estivesse lendo ele tb ... me deu sequencias e mais sequencias de pancadoes! mas porra! é assim mesmo brow ... vc bem sabe disso muito bem .... to namorando e quando namoro fico mais na minha mesmo ... e tb, po, já te pedi algumas vezes pra irmos pra sua casa de petrô pra ficarmos que nem felizes burgueses lá com nossas namoradas tomando vinhozinho e vc fica embairrerando .... sei lá por que ... alias até desconfio os pensamentos do kurosawa "po será que minha namorada vai se sentir a vontade com os dois? será que EU vou me sentir a vontade com a situação?" - ah mermão! foda-se! porra picininha burguesa é show! favela é uma merda mesmo! rocinha é uma bosta! desmatamento e poluicao tb! trafico de drogas é uma merda! e pobreza X riqueza é a coisa mais pobre que perdura nessa terra de merda!
estou no jardim do eden no momento amarradao. e toda serpente que tá aparecendo na área to metendo a porrada!
e antes que eu me esqueça: ora, vá se fuder sua bichona carente!
e de novo: é isso leitores (se é que existem) o papo aqui é A e B mesmo! vão se fuder!
CRISE nEo under TAO
Não quer responder então FODA-SE esta merda FODA-SE o Verme FODA-SE essa porra de blog escroto!
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
O segredo de brokeback mountain
A graça do "crise neo under tao" pra mim é escrever coisas que saem de dentro de mim sem eu nem saber de onde, e depois de algum tempo passar aqui e ler tua resposta, saber que aquilo ecoou no teu peito! É ler algo que você escreveu e escrever uma resposta praquilo. É saber que algo que pensei cá com os meus botões deu um nó na tua cachola também, ou que algo que senti te tocou lá no fundo, é saber que algo que eu escrevi afetou você, é ler algo que você escreveu que me dê um pancadão. É saber que coisas que eu achava que fossem só minhas são tuas também. É esta conexão, este diálogo meio kerouack on the road entre duas almas que resolvem se sentar uma de frente pra outra e falar tudo o que está se passando pela cabeça sem restrições ou mentiras, é tentar ser o mais sincero possível sem se preocupar se o outro vai gostar ou não, é tentar passar algo da maneira mais pura possível, é transmitir a minha experiência de forma mais autêntica possível pra você. Este é o sentido disso aqui. Pra mim. Não escrevo pra leitores de fora, embora goste de ler comentários e saber que alguém gostou do que escrevi ou me achou um débil mental. Sei que isto é muito difícil, mas pra mim o objetivo é e sempre foi esse. Este é o grande barato disso aqui (pra mim, é claro). Este é o grande barato de nossa amizade (pra mim, é claro), é sentir esta conexão, é ter vontade de te passar a experiência que tenho todos os dias, é tentar entender algo que aconteceu com você. Se isto não é amizade, eu não sei o que esta palavra significa.
Meu drama suicida não adiantou pra fazer você voltar a se interessar, a refazer esta conexão. Senti tua resposta como se eu fosse um filho de um pai ausente que recebe um brinquedo ou alguma grana e vê o pai indo embora de novo, ao invés de receber um abraço e tê-lo por mais tempo, fazê-lo participar de minhas brincadeiras. Não pense que eu estou projetando minha relação com o meu pai pra você. Minha relação com ele é bem mais complicada do que isso. Talvez, se você quiser pensar nesses termos, eu possa até dizer que te vejo como um irmão, um irmão mais velho, como você já disse uma vez. Mas agora sinto que este irmão está deixando de se interesssar. Sinto a conexão se esvair. Se é por desleixo seu, se é por falta de interesse, por falta de confiança em mim, por alguma decepção, ou falta de tempo ou inspiração, ou somente uma fase (coisa normal da vida, todo mundo passa por isto, certo?) eu não sei, e gostaria muito que você ao menos me dissesse isso. Se você ainda não tiver a resposta pra esta minha pergunta, peço que procures aí dentro de você e tente descobrí-la, mesmo que não seja a resposta certa, mas pelo menos alguma resposta eu gostaria de receber.
De qualquer forma, tudo isso foi bom. Foi bom porque eu descobri o sentido disto aqui. O porque eu escrevo isto aqui. Pelo menos é o que eu acho agora. E por favor não ache que estou fazendo um dramalhão. Não estou. E não me confundam com algum cowboy gay americano apaixonado pelo seu melhor amigo vaqueiro.
Meu drama suicida não adiantou pra fazer você voltar a se interessar, a refazer esta conexão. Senti tua resposta como se eu fosse um filho de um pai ausente que recebe um brinquedo ou alguma grana e vê o pai indo embora de novo, ao invés de receber um abraço e tê-lo por mais tempo, fazê-lo participar de minhas brincadeiras. Não pense que eu estou projetando minha relação com o meu pai pra você. Minha relação com ele é bem mais complicada do que isso. Talvez, se você quiser pensar nesses termos, eu possa até dizer que te vejo como um irmão, um irmão mais velho, como você já disse uma vez. Mas agora sinto que este irmão está deixando de se interesssar. Sinto a conexão se esvair. Se é por desleixo seu, se é por falta de interesse, por falta de confiança em mim, por alguma decepção, ou falta de tempo ou inspiração, ou somente uma fase (coisa normal da vida, todo mundo passa por isto, certo?) eu não sei, e gostaria muito que você ao menos me dissesse isso. Se você ainda não tiver a resposta pra esta minha pergunta, peço que procures aí dentro de você e tente descobrí-la, mesmo que não seja a resposta certa, mas pelo menos alguma resposta eu gostaria de receber.
De qualquer forma, tudo isso foi bom. Foi bom porque eu descobri o sentido disto aqui. O porque eu escrevo isto aqui. Pelo menos é o que eu acho agora. E por favor não ache que estou fazendo um dramalhão. Não estou. E não me confundam com algum cowboy gay americano apaixonado pelo seu melhor amigo vaqueiro.
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Re-desenhando e Re-definindo a Crise
Caro Leitor,
Preste bem atenção no que eu vou te dizer agora: Vai se fuder! Isso mesmo! Vai tomar no seu cú arrombado!!! - Mas Kurosawa, porque isso? - você me pergunta. Por que eu quero que fique bem claro que eu não escrevo pra você. Isso aqui não é uma vitrine de idéias, pensamentos e imagens pré-fabricadas. Isso aqui não é agradável! Entendeu? Se não gostou, foda-se! Vai ler o blog da Bruna Surfistinha! Você é como um intruso aqui, no meio da confusão de duas mentes e dois corações em crise! Aqui o papo é A e B. Mas seja bem-vindo se você quiser espiar, e talvez até quem sabe, se você se animar a comentar alguma coisa, entrar na crise conosco...Pode também criticar, me mandar tomar no cu ou me chamar de nazista filho de uma putona! Mas saiba que aqui somos todos assim mesmo, pseudo-poetas, pseudo-filósofos, e o pior de tudo, achamos que somos sinceros...
Quero dizer também o seguinte: Foda-se a política e qualquer ideal politicamente correto! Sou um ser apolítico vagando por este caminho sem leis da minha mente, onde a realidade só me toca onde eu escolho que ela me toque. É isso mesmo! Mas enfim, chega de tanta baboseira. É tudo mentira, não quero que você se foda, caro leitor. Só escrevo pra você, eu sou um vendido, um big brother fudido doido pra chamar atenção! Eu sou uma putinha de quinta categoria, que talvez tenha alguma coisa boa pra vender por um punhado de atenção!
Espero que a poesia brote neste espaço agora, e que tudo seja mais limpo e claro. Puro. Adoro isto aqui, me sinto no palco de um teatro falido, mas ainda assim um palco. Quando digo poesia, me refiro a Bob Dylan, a Beto Guedes, a coisas que me dão um sentimento de paz no coração e um leve sentimento de conforto, um quentinho gostoso, um lampejo de felicidade e talvez uma tristeza bem fraquinha mas tão intensa e profunda quanto podes imaginar...A insustentável leveza do Ser...Quando falo que falta poesia, não me refiro a palavras colocadas de modo a criarem uma certa estética diferente de um texto jornalístico formal. Sei que estou desvirtuando a palavra e que minha definição de poesia acima é rasa e pequena, mas foda-se! Quem manda aqui sou eu! hehe! Quero também dizer que falo somente e unicamente em meu nome...É isso! Depois eu falo mais. Adios.
Preste bem atenção no que eu vou te dizer agora: Vai se fuder! Isso mesmo! Vai tomar no seu cú arrombado!!! - Mas Kurosawa, porque isso? - você me pergunta. Por que eu quero que fique bem claro que eu não escrevo pra você. Isso aqui não é uma vitrine de idéias, pensamentos e imagens pré-fabricadas. Isso aqui não é agradável! Entendeu? Se não gostou, foda-se! Vai ler o blog da Bruna Surfistinha! Você é como um intruso aqui, no meio da confusão de duas mentes e dois corações em crise! Aqui o papo é A e B. Mas seja bem-vindo se você quiser espiar, e talvez até quem sabe, se você se animar a comentar alguma coisa, entrar na crise conosco...Pode também criticar, me mandar tomar no cu ou me chamar de nazista filho de uma putona! Mas saiba que aqui somos todos assim mesmo, pseudo-poetas, pseudo-filósofos, e o pior de tudo, achamos que somos sinceros...
Quero dizer também o seguinte: Foda-se a política e qualquer ideal politicamente correto! Sou um ser apolítico vagando por este caminho sem leis da minha mente, onde a realidade só me toca onde eu escolho que ela me toque. É isso mesmo! Mas enfim, chega de tanta baboseira. É tudo mentira, não quero que você se foda, caro leitor. Só escrevo pra você, eu sou um vendido, um big brother fudido doido pra chamar atenção! Eu sou uma putinha de quinta categoria, que talvez tenha alguma coisa boa pra vender por um punhado de atenção!
Espero que a poesia brote neste espaço agora, e que tudo seja mais limpo e claro. Puro. Adoro isto aqui, me sinto no palco de um teatro falido, mas ainda assim um palco. Quando digo poesia, me refiro a Bob Dylan, a Beto Guedes, a coisas que me dão um sentimento de paz no coração e um leve sentimento de conforto, um quentinho gostoso, um lampejo de felicidade e talvez uma tristeza bem fraquinha mas tão intensa e profunda quanto podes imaginar...A insustentável leveza do Ser...Quando falo que falta poesia, não me refiro a palavras colocadas de modo a criarem uma certa estética diferente de um texto jornalístico formal. Sei que estou desvirtuando a palavra e que minha definição de poesia acima é rasa e pequena, mas foda-se! Quem manda aqui sou eu! hehe! Quero também dizer que falo somente e unicamente em meu nome...É isso! Depois eu falo mais. Adios.
A paixão de Cristo
Todo santo dia vivo a mesma história. Uma história de morte e ressureição. Todo santo dia acordo com ódio e vou dormir com amor. Todo santo dia sou absolvido e perdoado por mim mesmo de todos os meus pecados. Vivo todo santo dia a mesma história de julgamento e de perdão. De ódio e compaixão. Antes de dormir relembro todos os pecados que cometi, e invariavelmente me perdoo, pois sei que não existe o Mal. Não preciso de religião, sou meu próprio padre, carrego meu próprio confessionário e minha própria cruz. Meu corpo é minha igreja. Sou a experiência cristã, somos todos um no corpo de cristo.
Me coloquei na cruz, me senti sozinho e me desesperei. Perdi minhas forças e você não estava lá. Me senti abandonado e você não estava lá. Estava de férias. Estava de rolé. Perdi as esperanças e escolhi a morte. A esperança surgiu em tuas palavras e agora escolho acolher tua salvação para renascer como uma fênix de fogo ressurgindo das cinzas que queimaram meu corpo marcado pela confusão. Agora sou Fênix! Agora sou Hélio, o Deus do Sol!
O ritual fúnebre já foi executado. Você não estava aqui, não estava "encontrável". Crucifiquei nosso filho e ele renasceu, agora trazendo a esperança e a salvação. Trazendo a vida, e não mais a morte. Espero que não seja um pai ausente. Que coisa gay, puta merda. HAHAHAHAHA! Eu gosto é de mulher!!! HAHAHAHAHAHA! Adorei teu post, como um pai que bota ordem na casa. Muito bom! Tava precisando disso.
Me coloquei na cruz, me senti sozinho e me desesperei. Perdi minhas forças e você não estava lá. Me senti abandonado e você não estava lá. Estava de férias. Estava de rolé. Perdi as esperanças e escolhi a morte. A esperança surgiu em tuas palavras e agora escolho acolher tua salvação para renascer como uma fênix de fogo ressurgindo das cinzas que queimaram meu corpo marcado pela confusão. Agora sou Fênix! Agora sou Hélio, o Deus do Sol!
O ritual fúnebre já foi executado. Você não estava aqui, não estava "encontrável". Crucifiquei nosso filho e ele renasceu, agora trazendo a esperança e a salvação. Trazendo a vida, e não mais a morte. Espero que não seja um pai ausente. Que coisa gay, puta merda. HAHAHAHAHA! Eu gosto é de mulher!!! HAHAHAHAHAHA! Adorei teu post, como um pai que bota ordem na casa. Muito bom! Tava precisando disso.
sábado, fevereiro 11, 2006
do infinito nos alimentamos
que dramalhão!!!!!!!!!!!! que que tá rolando por aqui? é só eu deixar um pouquinho isso aqui, dar um rolé, tirar umas férias e a casa fica fora de ordem? vamos por ordem nessa casa!!!!!! o tirano voltou! chibatadas no kurosawa!!!!! kurosawa está em crise!!!!! acho que você criou muitas expectativas diante disso aqui... parece que queria colher os louros antes mesmo de plantá-los.... que sentido vc quer nisso aqui? que sentido tem essa vida???? que sentido tem esse universo que surgiu do nada???? e e daí que ele expande e que o sol vai morrer daqui a trilhões de anos ??? é isso aí!!!! esse blog é tão sem sentido como a vida de qq partícula nesse infinito cosmo ... enquanto nós escrevemos aqui, uns lêemm, outros veem novelas, outros são ativistas pacíficos, outros matam, uns cheiram pó, outros catam lixo, alguns jogam video-game, outros batem punheta... quer transformar esse blog em uma novela? quer publicar um livro apartir desses excrementos? pra quê?
isso aqui é o nosso lixo. nosso lixo particular. nosso mais íntimo podre que escorre pelo canto da boca no travesseiro quando dormimos bêbados depois de uma daquelas mais podres noitadas, e acordamos e olhamos praquele excremento amarelado e dizemos "putz! é isso que tem dentro de mim?" ...
isso aqui é o nosso lixo. nosso lixo particular. nosso mais íntimo podre que escorre pelo canto da boca no travesseiro quando dormimos bêbados depois de uma daquelas mais podres noitadas, e acordamos e olhamos praquele excremento amarelado e dizemos "putz! é isso que tem dentro de mim?" ...
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Feira de vítimas
Liquidação total de besteiras desfiadas com toda a pretensão de quem se julga sincero. Estamos fechando. Agora só a xepa. Nossa feira não tem frutas maduras. Nunca teve. Nesta feira você não vai encontrar coisa boa. Aqui não temos poesia. Aqui temos reclamação. Aqui temos pretensão. A poesia não encontra espaço em corações assim tão escondidos. Então porque continuar com isso? Não há vida aqui, só morte. Não há esperança, só desilusão. Não há porque publicar isso, propagar o que deve ser enterrado e superado. Aqui tudo é pesado e chato. Como nossas vidas. Este foi o primeiro e último Bis. Adeus. Pretensiosamente,
Kurosawa
Kurosawa
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
THE END
Agora é sério. Eu realmente não sei mais o que isso aqui significa. Já tinha perdido o sentido algumas vezes, mas não completamente como agora, de forma que acho que não faz mais sentido continuar com isso aqui. Para mim perdeu todo o sentido. Se transformou em um exercício de datilografia com pretensões poéticas e filosóficas. Vejo isso aqui agora como uma corda quase arrebentando estendida há tempos atrás entre duas almas que preferiram se afastar...Quanto mais melhor...Uma vitrine de imagens fabricadas e pensamentos destoantes e paradoxais...Uma caixinha de reclamações daquelas que ninguém lê...Um condomínio de plástico construído fora do mundo...Uma conexão desativada...Um BLEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERGH enorme e enjoativo...Chega. Ainda quero jogar pra você a culpa do fracasso. Você aceita? Não, esqueça isso. A culpa não foi sua. A culpa não foi de ninguém. A fogueira simplesmente apagou. Acabou a lenha. Pra mantê-la acesa seria necessário queimar minha tenda,roupas e suprimentos. Prefiro ficar com frio. Do jeito que começou acabou. Do nada. No safety or surprise.
terça-feira, fevereiro 07, 2006
Masturbação
Me surpreendo com a rapidez com que minhas idéias se esvanescem tão logo surgem na minha cabeça de melão. Se tu és um idiota eu não sei, mas acho que depende do ponto de vista...O que não deixa de ser um relativismo safado da minha parte, eu que gosto de tudo o que é objetivo e verdadeiro. Um estratagema sofístico de patifaria intelectual é esse tal de relativismo. Mas não quero ficar correndo atrás de pererecas conceituais como meu amigo olavinho, esse sim deve saber o que é verdade...O que eu acho que me falta é o que eu já tenho de sobre e sempre tive, e no fundo nunca precisei e nunca achei importante e até critiquei e odiei sempre...Mas como eu sou contraditório e paradoxal mesmo, antes mesmo que eu me dê conta já estou escrevendo estas palavras para tentar despistar e distrair e passar na frente dos meus guardiões de pensamentos e sentimentos e emoções nojentas e repugnantes do subconsciente que está sempre em alerta. Minha insanidade é controlada e o meu consciente é insano. Escrevo e escrevo para tentar enganar meus rapazinhos éticos e neurônios politicamente corretos que habitam em minha mente que levita e perambula por esta realidade intangível. Certo e errado, que será isso meu deus? O que é aceito é o que é real e verdadeiro. O que é correto é o que todo o mundo concorda. E agora meu Deus? Que mais irei escrever? .....FFFFFFF...cansei...
(Suspiro)...Que puxa...
Blablablablablablablablabla. Blabla, blablabla!!!
Blablablablabliblows, blablabla...Blibloblows blibléblows
Blablablablabla, blabliblobléblowsblablíblows...Blablablablabla! Blabliblobléblows, blablablablabla!!!
blablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablabla
blablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablabla
blablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablabla
blablablablablablablablablablablablá!!
BLABLABLABLABLABLA!!!
Blablablablabliblows, blablabla...Blibloblows blibléblows
Blablablablabla, blabliblobléblowsblablíblows...Blablablablabla! Blabliblobléblows, blablablablabla!!!
blablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablabla
blablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablabla
blablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablabla
blablablablablablablablablablablablá!!
BLABLABLABLABLABLA!!!
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
anti[est]ética
que fantástico é andar na rua e ao cair uma manga de uma árvore o seu delicioso suco e sabor correr pelo meu paladar!
que fabuloso é subir em um coqueiro e de dentro do seu fruto duro que nem uma pedra sair um líquido cheio de sais minerais pronto a saciar minha sede!
que bom é viver esse presente sem amarguras com o peito cheio de felicidade!
(haha - o que me deu hoje? será que virei um idiota?)
que fabuloso é subir em um coqueiro e de dentro do seu fruto duro que nem uma pedra sair um líquido cheio de sais minerais pronto a saciar minha sede!
que bom é viver esse presente sem amarguras com o peito cheio de felicidade!
(haha - o que me deu hoje? será que virei um idiota?)
quarta-feira, janeiro 25, 2006
A divina comédia
Os demônios voltaram. Arrombaram os portões do Hades. Com força total, fugiram do cativero em que eu os aprisionei. Vieram pra dizer que não irão me deixar em paz. Nunca. Já mostrei a eles que não quero mudar. Que não quero seguir nem trilhar este caminho desde sempre traçado exclusivamente para mim. Quero continuar contemplando minha encruzilhada até o fim. Naõ adianta. Do inferno os demônios voltaram, expondo o lado caótico e imprevisível de tudo o que me é "familiar". Mais uma vez, vieram pra mostrar minhas fraquezas e sentimentos renegados. Pra mostrar a fragilidade de tudo o que sustenta minha realidade, a impermanência do fundamento em que me encontro acomodado. Vieram sem misericórdia, como sempre. Sem pena de mim, sem se preocupar se eu vou aguentar. Quero cruxificá-los! Voltem para a escuridão! Voltem para o Khaos primordial! Vocês já estão mortos! Eu já os matei!!! Sinto mais uma vez minhas velhas feridas latejando, minhas veias da testa pulsando e o ódio revigorado tomando todo o espaço do meu coração! A ira é o meu pecado capital! Ela emerge do oceano de lágrimas e mágoas represadas pela minha razão. O mundo não faz mais sentido algum. O que restou foi somente o velho império cego da vontade. Chegou a hora de usar o machado. Vejo agora que na última batalha as raízes não foram abaladas.
quarta-feira, janeiro 18, 2006
Capítulo I
Estava em casa vendo big brother brasil 6 quando o telefone tocou. Uma voz que não me era estranha disse: "você está procurando sarna pra se coçar." e desligou logo em seguida.
Porra, eu estava tranquilo em casa e era óbvio que aquela morte tinha algo mais do que simplesmente miolos espalhados no chão. e é óbvio que eu e todos ali chorando sobre os restos esmigalhados já sabiam disso, mas preferi me fazer de otário. Mas esse telefonema me incomodou e foi como que um pedido preu levantar a tampa do esgoto, nem que isso custe minha vida dando enfim algum sentido nessa minha existencia de merda.
Comecei então a querer juntar os pedaços, não dos miolos, mas do quebra-cabeça.
O garoto desmiolado era filho de João da Rapadura, um esfomeado que em plena ditadura roubava caminhões lotados de comida para doar na pequena vila em que morava. Em pouco tempo ele virou um ícone de sua região. Os militares ligaram ele ao movimento comunista, o prenderam e o torturam. Ficou preso alguns anos até ser libertado sem os dedos das mãos.
Porra, eu estava tranquilo em casa e era óbvio que aquela morte tinha algo mais do que simplesmente miolos espalhados no chão. e é óbvio que eu e todos ali chorando sobre os restos esmigalhados já sabiam disso, mas preferi me fazer de otário. Mas esse telefonema me incomodou e foi como que um pedido preu levantar a tampa do esgoto, nem que isso custe minha vida dando enfim algum sentido nessa minha existencia de merda.
Comecei então a querer juntar os pedaços, não dos miolos, mas do quebra-cabeça.
O garoto desmiolado era filho de João da Rapadura, um esfomeado que em plena ditadura roubava caminhões lotados de comida para doar na pequena vila em que morava. Em pouco tempo ele virou um ícone de sua região. Os militares ligaram ele ao movimento comunista, o prenderam e o torturam. Ficou preso alguns anos até ser libertado sem os dedos das mãos.
terça-feira, janeiro 17, 2006
Intro
Só me lembro da paulada no crânio e todos os miolos do garoto espatifados naquela estradinha de terra.
O sol a tino. Estradinhas de terra batida. Fervendo. Poeira, garotos pobres de bermuda e funcionários de mangas de camisa. Era uma vila de moradores comuns, composta de casas de tijolos a mostra e botequins de família. Lembro também de garotos soltando pipa e de mulheres de verdade marcadas pela realidade. Sem tirar nem pôr. Aquilo eram mulheres de verdade. Não essas putinhas de família daqui.
O rapaz estava morto. A vida continua. A realidade continua. Inabalável. A mente continua a projetar o mundo em que me encontro. Se é por vontade minha eu não sei. O que sei é que o mundo ainda está aí. Ou melhor, aqui. Dentro da minha cabeça. Os miolos dele estavam no chão. Sua alma não parecia estar alí. Que merda. A dor de cabeça continua. Talvez fosse melhor explodir minha cabeça também.
Puta tragédia. Este rapaz devia ser querido por aqui. Mulheres chorando. Talvez o garoto tivesse muitas mães. Coitado. Melhor assim.
O problema não era o garoto. Disso eu me dei conta logo depois que ele morreu e nada mudou. Fiquei sem fazer a barba por dois dias, procurando por algo verdadeiro nas favelas e conjuntos habitacionais. Agora não quero mais encontrar. Acho que vou desistir desta merda.
O sol a tino. Estradinhas de terra batida. Fervendo. Poeira, garotos pobres de bermuda e funcionários de mangas de camisa. Era uma vila de moradores comuns, composta de casas de tijolos a mostra e botequins de família. Lembro também de garotos soltando pipa e de mulheres de verdade marcadas pela realidade. Sem tirar nem pôr. Aquilo eram mulheres de verdade. Não essas putinhas de família daqui.
O rapaz estava morto. A vida continua. A realidade continua. Inabalável. A mente continua a projetar o mundo em que me encontro. Se é por vontade minha eu não sei. O que sei é que o mundo ainda está aí. Ou melhor, aqui. Dentro da minha cabeça. Os miolos dele estavam no chão. Sua alma não parecia estar alí. Que merda. A dor de cabeça continua. Talvez fosse melhor explodir minha cabeça também.
Puta tragédia. Este rapaz devia ser querido por aqui. Mulheres chorando. Talvez o garoto tivesse muitas mães. Coitado. Melhor assim.
O problema não era o garoto. Disso eu me dei conta logo depois que ele morreu e nada mudou. Fiquei sem fazer a barba por dois dias, procurando por algo verdadeiro nas favelas e conjuntos habitacionais. Agora não quero mais encontrar. Acho que vou desistir desta merda.
quinta-feira, janeiro 12, 2006
Hospital
É domingo. Lúcifer está a caminho da igreja quando se dá conta que esqueceu o dinheiro do dizimo...Ele volta lá pra baixo e encontra com o Gabriel sendo queimado como um porco no espeto e urrando de dor...Lúcifer dá um peteleco em seu ouvido e pensa: Este está quase no ponto! Mais algumas crises e mal-entendidos e ele me substituirá!
A consciência inabalável continua inabalável...e se movendo...Deus está se movendo...pra frente e pra trás, numa dança ininterrupta de festas sobre frestas e masmorras de cetim...Que estou Eu a falar? BLÁBLÁBLÁBLÁ TOMÁ NO CU CARALHO!!!
Penso que a náusea, a crise, o mal-estar é no fundo somente um grande mal-entendido...Uma confusão que está sempre prestes a se desfazer...E se desfaz...Mas volta a agir e agir e agir eternamente agora...O inferno é aqui e agora! Num ato de desespero encontro a saída do túnel de aflições e consigo escalar as fendas tenebrosas da mente que vibra...O COSMOS VIBRANDO!!Um zumbido de silêncio ensurdecedor a passar pelos poros de energia gritante! Macacos me mordam, quero que este poste caia na cabeça daquela velha fudida...O momento não se sustenta pois não há nenhuma sustentação...Mas existem momentos em que percebemos o quão afundados nesta lama intelectual nos encontramos...Mas sempre jogamos para o futuro...Sempre buscando algo que no fundo nunca se perdeu...Só pelo prazer de procurar...Como um presente embrulhado de novo...só pra poder abrir de novo e de novo...um baralho embaralhado again and again and again...
Somos crianças bailando num brinquedo de espinhos e rosas de plástico...Que estou eu a falar de novo?...
A consciência inabalável continua inabalável...e se movendo...Deus está se movendo...pra frente e pra trás, numa dança ininterrupta de festas sobre frestas e masmorras de cetim...Que estou Eu a falar? BLÁBLÁBLÁBLÁ TOMÁ NO CU CARALHO!!!
Penso que a náusea, a crise, o mal-estar é no fundo somente um grande mal-entendido...Uma confusão que está sempre prestes a se desfazer...E se desfaz...Mas volta a agir e agir e agir eternamente agora...O inferno é aqui e agora! Num ato de desespero encontro a saída do túnel de aflições e consigo escalar as fendas tenebrosas da mente que vibra...O COSMOS VIBRANDO!!Um zumbido de silêncio ensurdecedor a passar pelos poros de energia gritante! Macacos me mordam, quero que este poste caia na cabeça daquela velha fudida...O momento não se sustenta pois não há nenhuma sustentação...Mas existem momentos em que percebemos o quão afundados nesta lama intelectual nos encontramos...Mas sempre jogamos para o futuro...Sempre buscando algo que no fundo nunca se perdeu...Só pelo prazer de procurar...Como um presente embrulhado de novo...só pra poder abrir de novo e de novo...um baralho embaralhado again and again and again...
Somos crianças bailando num brinquedo de espinhos e rosas de plástico...Que estou eu a falar de novo?...
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Pedagogia e perda de tempo
Todo mundo sabe que não se aprende de fato muita coisa útil na escola. Muito menos na universidade. (continua)
sexta-feira, janeiro 06, 2006
Traído
O que escrevo não sou eu que escrevo, mas meus pensamentos que se precipitam a julgar e criticar uma imagem que eu próprio faço de mim mesmo. Quem está jogando contra quem? Ha! O momento já passou e eu nem percebi o quão grande e luminoso ele era. Tudo se precipita na minha frente: minhas reações, meus pensamentos, meus músculos, minhas mãos, sentimentos, olhos...Eu sou sempre o último a saber.
And all that could have been
Nada pra fazer a não ser escrever neste espaço de teias de aranha e desprezo. Não sinto "isso aqui" tão vazio desde quando "isso aqui" nem existia. Pra que perder mais tempo? Me confirme logo que tudo o que se escreve aqui é merda! Eu quero ouvir! Pra que escrever se ninguém vai ler? Pra que se esforçar sem alguém para salvar? O pior castigo é o desprezo. Não me leve a mal, não tenho o que fazer mesmo. Não é nada pessoal. Momentos são momentos são momentos. Eu sei. Mas por favor me diga se vale a pena escrever? Se vale a pena viver? Se vale a pena acordar? Se vale a pena nadar e não afundar? Quanta tristeza é necessária para mover o monte Fuji? O dia em que eu tudo entender, será que irei finalmente começar a viver? Sonho com uma vida longa. A realidade apaga o futuro e me joga no presente sempre quase chegando ao final. Perdi o melhor da festa fantasiando. Que me importa escrever? Uma vírgula, um romance...Quando vou parar de sonhar? A vida passando, a morte chegando e eu me escondendo no devaneio de uma mentira qualquer. Começo a catar os restos de uma vida desperdiçada. Imagino tudo o que poderia ser. E não foi. Não saiu como eu queria, como eu planejei. E agora me tornei um deles. Os amaldiçoados. Fim.
quinta-feira, janeiro 05, 2006
Câncer
Nascemos com uma faca atravessada nas costas, na altura do coração. Tudo o que não for uma tentativa séria de tirar a flecha é fugir da dor, fingir que não há nada de errado, é tentar distrair os demônios ao invés de matá-los. Como vivemos nossas vidas? surfando pelas ondas de superficialidade da praia do cotidiano? Satisfazendo vontades que se multiplicam exponencialmente, comprando tralhas inúteis que nos fazem acreditar que somos pessoas mais "felizes"?...Tudo o que conseguimos com isso foi somente expandir um pouquinho o espaço de manobras de nosso ego fudido! Tudo isso é fugir da dor do momento presente, é tentar calar o urro que explode pelas tripas do coração, é estar morto, é viver como zumbis tagarelando um blablabla ininterrupto! Será que tens a coragem de mergulhar nas profundezas da Verdade, sem tentar escapar pelas arestas do relativismo e da patifaria intelectual? Sem fugir para sua caverna da solidão, para o esconderijo da tua ilusão, para debaixo das crenças criadas pela tua maquinaria de defesa que sempre foi consciente dos perigos da Verdade absoluta e inflexível??!! O tempo não cura uma ferida destas! Ou cortamos pela raíz este mal ou os galhos de plástico da mentira encobrirão todo o castelo de nosso coração!
quarta-feira, janeiro 04, 2006
Xepa
Hoje acordei em depressão
Quando que não?
Hoje você não veio me ver
Que me importa escrever?
Uma vírgula
Um romance
Uma lágrima no chão
E meu pau na tua mão!
Quando que não?
Hoje você não veio me ver
Que me importa escrever?
Uma vírgula
Um romance
Uma lágrima no chão
E meu pau na tua mão!
Deus
Sou o mergulhador das profundezas, o cristo bastardo que pensa poder salvar a todos com sua arrogância esquizofrênica. Sou o pangaré encostado num canto da praça. Sou o olhar, não o observador. Sou a consciência iluminada e transparente. Vivo nos abismos da mente, nas fendas do pensamento. Sou o furo no sistema contaminado. Sou a doença genética dos filósofos e pensadores, a depressão dos solitários e ateus, o câncer de espírito, sou a misericórdia e a moral Kantiana, o grito dos miseráveis e nazistas, a bondade dos torturadores e assassinos, o terror e o desespero do instante eterno em que se percebe a presença da eternidade, o espanto do filósofo, o crucifixo na escuridão, o hesitar diante do rito de desmembramento do ego, a inconsolável certeza de quem sabe que nunca irá morrer. Sou o tédio insuportável da história atemporal, a agonia da impossibilidade do nada, o vazio de superficialidades, o surto de concentração involuntário diante do presente, o desejo incontrolável de matar, o momento preciso antes de desmaiar, a não-escolha em para sempre amar, a incomparável experiência de se doar, o murro na faca do pecar, o gosto de sangue ao gozar, o ritual fúnebre de ganhar. Sou a tentação permanente em fazer o bem. Sou a morte do ego e a existência de vazios criadores de mundo. Sou um torturador de egos com pensamentos de abandono.
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