terça-feira, março 21, 2006

a poética do devaneio

como sendo nunca antes acabei vendo o que dantes nao eras mais.
acabei por terra mastigado quase defunto
amando os céus como as gaivotas nem imaginam
olhando o além como jesus nunca sonhou
nirvana, aruanda, céu ou inferno
o que dante viu
eu mesmo vivo
uivo
sinto

mas mesmo assim as coisas continuam a vir sobre mim
os pensamentos transbordam mesmo que eu tente fechar a torneira.
os cachorros latindo,
meu pai rindo
e eu indo
não sei bem pra onde mas pra bem longe andar pelas neves e subir montanhas e descansar.

círculos e mais círculos - serão mandalas?

ôpa, ainda não. não está na hora de fazer as malas. quero sim, estar presente nesse momento com os sentidos aguçados. aqui! agora! preste bem atenção! o coração pulsando! o chão! minha casa! minha namorada! minha vida! é isso o que importa, nada mais que não seja o presente.

meu amigo kurosawa disse uma frase que me persegue a todo instante:
"a eternidade se faz aqui e agora!"
salve kurosawa! saravá kurosawa! DER HAI-KUROSAWA!

as vezes sinto que parei no tempo. não sei mais o que fazer e como gastar o tempo. penso se deveria usar meu tempo para causas mais nobres - tipo trabalhar no greenpeace ou então fazer um filme ou então voltar a tirar fotos mas algo me diz e daí? quem se importa? é sério! parece piada mas não é mas eu juro que se tivesse um movimento uma causa nobre eu entrava de cabeça. fora meu equipamento de escalada eu abdicava de tudo... já viu coisa mais insensata do que ir trabalhar no centro da cidade de carro???????? todos deveriam ir ou de ônibus ou de metro para o trabalho.
benefícios:
- economia da gasolina e dos recursos naturais.
- com menos carros nas ruas automaticamente menos transito.
- menos carros, menos poluição.
...

ah quer saber? to saindo depois nos falamos...

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