terça-feira, outubro 18, 2005

o porto

é meu amigo, estou adormecido nesse blog. não estou conseguindo mais escrever - tenho achado meus textos repetitivos e chatos. outro dia estava começando a escrever um texto (que aliás começou muito bem) e mais uma vez nele apareceram aqueles rompantes de querer virar energia, de berros e uivos. e o que me incomoda é que meus textos dizem coisas que eu não sigo. são como as formas de pão ideais de platão tendo eu como o padeiro perfeccionista. aliás, digo o perfeito aqui como o meu modo que seria perfeito de ser: emancipado materialmente, selvagem e feliz. às vezes penso que no fundo no fundo meus textos são pretensiosos e megalomaníacos. cansei de escrever: to querendo viver mais e pensar menos. aproveitar essa vida que num piscar de olhos nos escapa pelas mãos. já tentou segurar a água com as mãos abertas? já tentou pegar o vento com uma peneira? já tentou colocar o sol em um potinho e colocar na estante da sua mansão? é ... as coisas e o mundo estão ai pra serem experimentados, sentidos, não para serem possuídos. não possuo nada nem ninguém. muito menos possuo a felicidade. ela é para ser encontrada, cumprimentada, dar um abraço bem gostoso daqueles saudosos e esperar que se vá com os olhos cheios de lágrimas mas sempre com a esperança de que voltará a ver de novo - que é o que sempre acontece.
quero viver. amar. experimentar tanto a dor como o prazer. e bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla bla !!!!!!!!!!! azblibows bublabows!!!!!! e mais azplikows puplaktziz!!!! blog blog blog blag blag blag!!!!
hahahahahhahaahahahah!!!!!!

chega! minha nau rumo à vida aportou e é pra lá, seguindo o sol a banhar-se no mar, que vou!

2 comentários:

Gabriel Queiroz disse...

tive a plena consciência ao escrever a última frase que tive uma forte influência do texto abaixo do Rimbaud:

Achada, é verdade ?!
Quem ? A eternidade.
É o mar que o sol
Invade

kurosawa disse...

Esse texto tá genial!!!Adorei!Mesmo!