Finalmente conectado. O corpo e o espírito são uma coisa só. Não se separam nem por um instante. Até porque só há o instante. O agora. O presente sem duração. Mas isso é insuficiente. A filosofia é só metade do caminho. Agora compreendo. O caminho é o caminho do meio. Deus encarnado. O espírito se dá no corpo, e o corpo é o espírito feito matéria. Não há um caminho para fora. Não existe dentro e fora. Nada se separa. Não há multiplicidade. Só há o um. Spinoza. Uma substância. Mas isso continua sendo só filosofia. Sem o corpo, sem a experiência, a filosofia não faz o menor sentido. É punheta mental. Masturbação sem ejaculação. Mas o corpo sem o espírito é somente um defunto. Morto. Os opostos se complementam. Tudo conectado.
Mas o caminho, embora nunca tenhamos saído dele, é longo e árduo. A iluminação não se dá no fim do caminho, mas sem o caminho não há iluminação. A iluminação é compreender que só há o Um. Não há separação. Corpo e mente. Alma e corpo. Eu e você. Deus e Eu. Dia, noite, amor e ódio. Tudo e nada. Eu e a vida. Chorar é uma compreensão disso. Estamos salvos. Sempre estivemos. Só nos resta nos darmos conta disso. O caminho é penoso. Mas é só um caminho. Só há um caminho. Já estamos nele.
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